12 de ago. de 2010

Novo Uno: Visibilidade compensada.

15º dia

O visual quadrado do Uno, a lá Kia Soul, cobrou do hatch o mesmo preço que o carro coreano teve de pagar: visibilidade traseira comprometida. Isso porque as colunas traseiras ficaram muito largas pois, por fora, carregam as lanternas. Esse visual “botinha” exige que o fabricante encontre soluções pertinentes para o problema da visibilidade traseira. E a Fiat encontrou em seu novo Uno.

Se quando você olha pelo retrovisor central perde um pouco da imagem traseira em virtude das colunas, o enorme retrovisor lateral, se bem ajustado, pode ajudá-lo a compensar a perda. O ideal é ajustá-los, dos dois lados, de uma maneira que você veja uma pequena parte das laterais traseiras do carro, quando em posição de guiar, sem mexer a cabeça para os lados. Assim, quando você curvar o corpo um pouco à frente para olhar pelo retrovisor lateral, conseguirá enxergar o que aquele ponto cego, proporcionado pelas colunas traseiras, esconde.

Evidentemente, você dirá que um projeto de design não tem o direito de deturpar a segurança do carro, contudo a solução encontrada pela marca praticamente dilui o problema com o tempo. E em uma cidade cheia de armadilhas e com motoqueiros trabalhando a todo vapor pelas grandes vias, não tive sequer um susto a bordo dele.

Entre outros opcionais válidos para que a sua visibilidade continue em um nível de segurança máximo, o nosso Uno Way tem tudo que é necessário. Mesmo assim, eu acho um absurdo cobrar-se por limpador e lavador do vidro traseiro. Carros hatches têm de vir com esse equipamento em virtude de seu formato. Em dias de chuva eles se sujam só de o chão estar molhado, mesmo depois de a intempérie cessar, coisas da física. O limpador e o lavador traseiro, acompanhado do desembaçador do vidro de trás e da regulagem mecânica dos retrovisores, custa R$ 487. Mas se você optar pelo Kit celebration 1 (R$ 5.212), que equipa o nosso modelo, eles já virão de série.

Para quem não vai comprar o carro com ar-condicionado como o testado, vale a pena investir também no desembaçador com ar-quente, que sai por R$ 314 e melhora a vida nesses mesmos dias de chuva, ou de muito frio em que o vidro teima em embaçar, ou, quem sabe optar pelo vidro dianteiro térmico, que apenas diminui o embaço no vidro dianteiro sem aquecer o carro e custa R$ 254.

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