30 de set. de 2010

Novo Uno: Um autêntico Fiat.

88º, 89º e 90º Dias

 

Minha mãe sempre foi fã dos carros da Fiat. Tivemos alguns 147, três Premio e um Tempra. Em 1995, a dona Sonia comprou um Astra daqueles importados da Bélgica (um belo carro, aliás) e acabou não voltando mais para a marca. Lembro que sempre perguntávamos o que ele gostava tanto nos Fiat. A resposta era simples: “Eu gosto porque o banco deles é confortável e alto”. Era uma característica de todos os produtos da montadora que conquistou uma compradora fiel e permanece nos modelos da fabricante de Turim (inclusive o Uno) até hoje.
E se a Fiat atingiu a liderança de vendas do mercado nacional, é de se acreditar que esses traços de seus produtos desenvolvidos ou adaptados para o Brasil estejam agradando em cheio. No Uno, porém, um deles não me agrada: a maciez da suspensão, também característica da maioria dos Fiat (Punto e Linea são as exceções).
Rodando com o Uno no fim de semana, pude simular algumas trocas de faixa mais rápidas em uma estrada vazia e dentro dos limites de velocidade. Resultado: o Uninho balança bastante quando recebe um “golpe” em sua direção. O mesmo acontece nas curvas mais rápidas e freadas fortes. Em contrapartida, ele oferece mais suavidade nos buracos em comparação a modelos de sua categoria que apelam para uma suspensão mais rígida na busca  por uma dirigibilidade mais apurada.
Na prática e para 90% dos motoristas isso não muda muita coisa. Quem compra um Uno, em tese, busca um meio de transporte barato e eficiente e quer mais é ter conforto do que eficiência em curvas rápidas. Mas, como nossa missão aqui é mostrar o carro além do trivial, é importante dizer: o Uno é confortável e tem uma boa suspensão para encarar os buracos, mas não chega nem perto de ter um apelo mais esportivo. Talvez esportivo não seja nem o termo. Ele é “asséptico” para quem aprecia os momentos ao volante.
Barulhos e inconvenientes
O barulho na suspensão relatado pelo Márcio Murta deixou uma má impressão durante o fim de semana. Certamente algo está solto na parte debaixo do Uno, o que causa até certa preocupação ao passarmos em valetas maiores.
Também notei algo estranho no funcionamento da injeção eletrônica em baixas rotações. Com uma 2ª marcha engatada a menos de 2.000 rpm (aquela situação em que você acaba de fazer uma curva e vai retomar velocidade ou desacelerou para deixar outro veículo que vinha em sentido oposto passar numa rua estreita), ele parece querer injetar mais combustível que o normal, acelerando o Uno e exigindo que se neutralize o carro na embreagem antes do normal.
Isso nos obrigará a levar nosso quarto Uno à concessionária no Teste dos 100 Dias. Um pouco demais, não?

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