19 de set. de 2010

Novo Uno - Vivace na estrada.

59º, 60º e 61º Dias

O Uno 1.0 Vivace começou sua participação no teste dos 100 dias na estrada e marcou a estreia com boas impressões. Embora o motor 1.0, como era de se esperar, seja mais fraco que o 1.4, o bloco de menor cilindrada é sensivelmente mais silencioso e progressivo durante as acelerações que o propulsor EVO de maior cilindrada, em minha opinião.

Antes de ir para a estrada, entretanto, trafeguei algumas horas com o Uno no trânsito de São Paulo, e seu comportamento foi mais que satisfatório para um veículo que custa R$ 27.590. Transportando somente o motorista, o Vivace não necessitou de reduções de marcha constantes para retomar velocidade com esperteza. O motor apresenta rendimento excepcional, se não esquecermos que estamos tratando de um bloco 1.0.

Curiosamente, o Vivace 1.0 também apresentou a mesma falha que o 1.0 Way ao acionar o motor pela primeira vez em dia frio. O propulsor engasgou e chegou a apagar algumas vezes neste fim de semana. Alguém com um Uno 1.0 também vivenciou a mesma situação?

Na estrada

Somando aproximadamente 300 kg (de 4 passageiros e suas bagagens) aos 895 kg desta versão Vivace (o que diminuiu a relação peso/potência para aproximadamente 15,9 kg/cv), o Uno partiu de São Paulo em direção ao litoral norte. Trafegando a 110 km/h na Rodovia Ayrton Senna e a 80 km/h na descida da Mogi-Bertioga, o Vivace realizou consumo de 13,7 km/l utilizando etanol.

Nas subidas e descidas da Rodovia Rio-Santos, entretanto, os 75 cavalos de potência e 9,9 kgfm de torque do motor perderam o embalo em diversos momentos, pedindo boa dose de paciência. A combinação de giro alto do motor com marchas reduzidas acabou diminuindo o consumo do Uno para 8,4 km/l neste trecho.

Na Volta para São Paulo, que incluiu a Mogi-Bertioga e a Ayrton Senna, o Uno também suou a camisa para manter o ritmo na subida de serra, e realizou consumo médio de 8,3 km/l.

Após rodar 380 km em estradas (dos quais aproximadamente 200 km foram entre subidas e descidas de serra), o consumo médio de etanol final foi de 9,0 km/l. O que o leitor acha deste valor, se levarmos em conta a estrada e o peso extra que o Uno estava transportando?

Diferenças

No interior, a única diferença perceptível entre o Vivace e as outras versões que já ocuparam a redação se faz presente no painel de instrumentos, onde, em vez do conta-giros, existe um econômetro no lado direito do painel que auxilia o motorista a gastar menos combustível. Nosso modelo também conta com um kit de customização, com desenhos no interior, mas como este é opcional, não o estou levando em conta.

O volante permanece o mesmo, com boa empunhadura, o câmbio impreciso também não mudou e nenhum dos ocupantes se queixou de falta de espaço. O acabamento interno também me agrada.

Até então, não tinha tido a oportunidade de trafegar em rodovia durante a noite com o novo Uno, e acabei tendo uma agradável surpresa com os faróis do modelo, cuja intensidade de iluminação é alta e o campo de visão, amplo. Os números do velocímetro também são de fácil visualização por conta de seu tamanho.

Embora o motor 1.0 sofra e tenha seu desempenho muito limitado ao transportar carga (como qualquer outro 1.0 aspirado) e a suspensão permita uma boa dose de oscilação da carroceria em curvas, o Uno, ainda assim, alia bem conforto com estabilidade. Os freios demonstraram resistência ao descer a serra e os pneus Bridgestone 175/65 garantiram aderência mais que suficiente para trafegar tranquilamente.

Em suma, meu primeiro e prolongado contato com o Vivace 1.0 foi satisfatório. Embora ele seja uma das opções mais acessíveis do mercado, seu projeto é moderno e bem acertado. Até o momento, não tenho queixas.

Um comentário:

Unknown disse...

Tenho o novo UNO Vivace, e apresenta este mesmo defeito , engasga até..... Não estou gostando muito , sempre tive um Celta, nunca deu problemas agora o UNO meu deusss