21 de abr. de 2010

As quatro estações: Classe E cabrio

Modelo é testado na Itália e se mostra apto para qualquer clima

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Na imaginação coletiva, carros conversíveis sempre foram o casamento perfeito entre elegância e liberdade, rigor estético, divertimento e desejo. A linha Classe E, da Mercedes-Benz, porém, contava até então com os luxuosos modelos sedã, cupê e station wagon. Existia ainda uma lacuna na sua gama: a versão conversível. A montadora optou, então, por lançar um modelo de quatro lugares que, mesmo quando "sem teto", se adequasse a todas as estações do ano.

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Isso porque o novo Classe E Cabriolet adota uma evolução do Air Scarf, dispositivo que estreou o SLK Roadster. O sistema emite ar quente na direção da cabeça dos passageiros, de modo que, em dias frios, os efeitos das baixas temperaturas são minimizados. Agora, no E Cabrio, direção e a intensidade do Air Scarf são ajustáveis. E o equipamento ainda conta com o chamado Air Cap, um novo sistema que, por meio de defletores, desvia o fluxo de ar da cabeça dos ocupantes do conversível, criando uma espécie de "bolha de calor" dentro do carro. Tudo com a promessa de reduzido nível de ruído.

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Apresentado ao público durante o Salão de Detroit, nos Estados Unidos, o conversível médio-grande enfoca fortemente o quesito segurança, como de praxe no chamado segmento de marcas premium. No Classe E Cabrio são sete airbags, incluindo um para os joelhos do motorista. Além disso, há freios com ABS, controle eletrônico de estabilidade e "santantônios" embutidos atrás do banco traseiro, que emergem em uma fração de segundos na iminência de capotagem.

No exterior, o modelo segue uma tendência diferente dos conversíveis e adota uma capota de lona. Mais leve – simples – e ocupando menos espaço, ela é recolhida em menos de 20 segundos a partir de um botão no painel ou por acionamento direto na chave. No estilo, o Classe E apresenta o padrão de sua "família", aliando linhas modernas aos melhores coeficientes aerodinâmicos da linha – Cx 0,24 na versão sedã e Cx 0,28 no Cabriolet. Faróis com leds e rodas aro 17 são outros detalhes que reforçam o requinte do conversível.

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A linha conversível oferece sete opções de motores a diesel e a gasolina, com 4, 6 ou 8 cilindros e potências que vão de 170 até 388 cv. Os modelos custam a partir de 48 mil euros na Europa, cerca de R$ 115 mil. Nota da redação: Para o público brasileiro o modelo chega por volta de junho e a Mercedes-Benz espera vender 50 unidades do conversível no ano.
Ao preço aproximado de R$ 320 mil, o Classe E Cabriolet terá a configuração E 350, com o motor 3.5 litros V6 que já equipa o Classe E sedã por aqui. O propulsor é capaz de desenvolver 272 cv e tem torque de 35,7 kgfm. Há ainda a opção E500, com bloco 5.5 V8 de 388 cv e 57,6 kgfm.

Primeiras impressões – sem vento no rosto

As nuvens cinzas no céu de Roma e a temperatura baixa não são emocionantes para um dia de primavera. Mas este ambiente é ideal para testar o novo sistema Air Cap do Mercedes Classe E Cabrio. Com temperatura externa de inverno europeu e cercado por pessoas de sobretudo, o conversível andou de capota baixa a velocidades superiores a 130 km/h nas estradas.

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Ao pressionar o acelerador se ouve o poderoso motor de 388 cv do E 500 Cabriolet do lado de fora, mas não se percebe ruídos no interior do modelo. A vontade é de acelerar o conversível até sentir os ventos no cabelo, o que de fato não acontece. Em toda a condução o motorista fica realmente em uma "bolha de ar quente", como na ficção científica. É como se um campo de força invisível mantivesse inalteradas as condições dentro do carro. Ao mudar a temperatura no ar-condicionado, o carro continua, mesmo descapotado, com sensação interna de um dia de verão, enquanto do lado de fora o clima é de inverno.

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