8 de jul. de 2010

O Uno é um “mortal”.

(5° dia)




O novo Uno é a sensação do momento em relação aos carros populares no Brasil. Sobre isso, não resta nenhuma dúvida. Mas, mesmo eu sendo um dos curiosos que não me aguentava para conhecer o carrinho, eu não imaginava que a aceitação das pessoas, em geral, fosse tão positiva.

Isso, para quem considera, como comparação, o Uno anterior. A mudança é brutal e a quantidade de melhorias é algo que beira o absurdo. O carro ficou muito diferente e, como já foi possível perceber, muito melhor. Mas, exatamente por isso e pelo número de elogios que o modelo vem ganhando na mídia, as pessoas começam a desvirtuar a situação. Pessoal, vamos lembrar que esse é um carro popular. Já vi muita gente comparando ele com modelos mais caros. Bem mais caros, aliás.

O meu pai mesmo me ligou esses dias me dizendo que o novo Uno não era bom. Eu perguntei o motivo e ele disse que era muito caro pelo que oferecia. Vale lembrar que ele tem um Honda Fit. Ou seja, a base da comparação dele partiu de um modelo de mais de R$ 50.000, sendo colocado ao lado de um automóvel que parte dos R$ 27.000. Certa injustiça, não?

Também já ouvi algumas críticas sobre não haver vidro elétrico para as portas traseiras, sobre a quantidade de plástico no interior, sobre a potência do motor 1.0, sobre o porta-malas “não tão grande assim” e muitos outros pontos característicos de um modelo de entrada. E até mesmo quando falamos sobre o preço, algumas pessoas se assustam, mas novamente distorcendo a realidade.

Quando perguntam o preço, respondo: “Assim, do jeito que está, sai por uns R$ 38.000”. E a pessoa arregala o olho e cria o primeiro momento de desaprovação, após dezenas de elogios ao modelo. E uso a palavra “distorção” porque esse mesmo cidadão não faz questão de perguntar exatamente o que vem. “Tem direção hidráulica e ar-condicionado?”. Sim. “Ah, mesmo assim, está caro”. Mas a pessoa esquece do que eu abordei no começo deste texto: trata-se de um Uno, sim, o mesmo carrinho que muita gente já comprou como o primeiro automóvel e nunca sonhou em colocar uma direção hidráulica, um ar-condicionado tampouco airbag ou ABS.

O ponto em que eu quero chegar é: não procure no Uno algo que ele não é. São muitas as boas características e novidades, mas ele continua sendo um modelo popular, de entrada. E se chega ao valor citado, é porque o dono quis muito mimo, o que, em carros de quase R$ 40.000, já faria o valor passar dos R$ 50.000.

Defeitos de mortal

Prova de que este carro é um “mortal” são os pequenos defeitos que encontramos nele. Nada grave, sendo que é difícil até chamar de defeito. Plásticos? Que carro de entrada não tem? Porta-malas pequeno? Tudo bem, é uma virtude de um veículo deste tamanho. Algumas rebarbas no acabamento também são desaprovadas, é lógico, mas é totalmente comum entre os modelos nessa faixa de preço.

Para mim, porém, uma das características que mais me incomodou foi o ruído. O barulho do motor, como eu já disse no post anterior, é algo que realmente incomoda depois de um tempo. Mas também compreensível em modelos populares como um Fiat Uno.

Pontos fortes

O novo Uno conta com algumas características bem marcantes, que deixa empolgado quem tem um. O visual é realmente novo, mesmo sendo parecido com o Kia Soul. A Fiat acertou nas linhas do modelo. O desempenho nas curvas também surpreende: depois de uma pequena preocupação inicial que tive em relação à suspensão parecer muito mole, percebi extrema segurança ao contornar curvas. O espaço para o motorista, pela possibilidade de “destravar” o trilho do banco, é realmente bom, assim como a posição de dirigir. Você não se cansa de dirigir, o que costuma acontecer em modelos semelhantes.

Bem, resumindo. O que quero mostrar, desde o início do texto, é que o Uno está se mostrando um ótimo carro de entrada e uma boa opção para o primeiro carro (apesar do preço de seguro ser alto). Quem quiser, também, um automóvel para rodar pela cidade, encontra no novo Uno uma opção praticamente perfeita. Somente na estrada o motor 1.0 ainda precisa de um pouco mais de fôlego. Agora, se você quiser compará-lo com modelos como Fox, Stilo ou Golf, entre outros, a competição fica injusta.

E você, qual é a visão sobre o novo Uno até agora? O que mais te agrada e o que menos te empolga no novo modelo da Fiat? Até o momento, o que você mudaria para deixar o automóvel ainda mais atraente?

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