26 de set. de 2009

BMW deve trazer Isetta de volta à vida para carros limpos

Outro nome em cogitação é Metro, mas pistas dão conta de que Isetta é o mais certo
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Em tempos de proteção a um ambiente já bastante maltratado, marcas tradicionalmente associadas a veículos de alta performance estão voltando seus olhos a veículos menores e mais racionais. Foi esse o passo que a Aston Martin deu ao se associar à Toyota para criar o Cygnet. Isso, evidentemente, não é apenas preocupação com a qualidade do ar ou com o agravamento do efeito-estufa, mas uma resposta ao patrulhamento e à possível punição a empresas que só fabriquem carros que gastem muito combustível fóssil. A BMW, que costuma se antecipar a essas coisas, vem tocando o chamado Projeto i há tempos. E, para que ele dê seu primeiro fruto, ela deve ressuscitar uma de suas várias marcas. A mais cotada para voltar a viver é a Isetta.

Os rumores são que a marca da Baviera vai criar um veículo urbano, de baixíssimas emissões ou até mesmo elétrico, do mesmo tamanho do smart fortwo. O novo BMW Isetta teria objetivos ambiciosos. Ele deve ser construído sobre a base do futuro Fiat Topolino, em parceria com a marca italiana, e sua versão com motor a combustão teria uma meta agressiva de consumo: quase 40 km/l.

Como o BMW Isetta foi um veículo bastante popular e carismático (mais de 160 mil foram feitos de 1955 a 1962), em sua época, nada melhor do que recuperar esse carisma e colocá-lo para rodar mais uma vez.
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Isso se encaixa com o que o CEO da BMW, Norbert Reithofer, falou essa semana sobre o projeto do carro de baixas emissões. “Nosso projeto i está trabalhando em um Veículo Megacity, assim como em novos conceitos de mobilidade. O conselho de administração decidiu: esse carro será lançado no mercado como uma submarca da BMW. Como a BMW é a marca que apresenta as inovações dentro do grupo, a decisão de uma submarca dentro da BMW foi um passo lógico. Detalhes sobre isso serão divulgados até o final deste ano”, disse Reithofer.

Assim como os modelos M, portanto, que são de alto desempenho, os modelos Isetta seriam os de baixo consumo, ecologicamente corretos. Outra marca que vem sendo estudada é a Metro, mas ela não é tão conhecida mundialmente quanto a primeira.

Há quem diga que o uso do nome Isetta implicaria a criação de mais uma marca no grupo BMW, que já tem Rolls-Royce e MINI, mas quem fala isso parece não se lembrar do fato de a BMW nunca ter usado o nome Isetta dissociado do seu, o que o tornava precisamente uma submarca.

Outro indício de que o rumor pode ter fundamento foi o fato de o BMW Isetta ter sido escolhido pelo Museu da BWM como seu mascote oficial. Desde o dia 23 do mês passado, 7.500 miniaturas de 5 cm começaram a ser distribuídas aos visitantes.

No filme, os pequenos BMW Isetta apresentam Munique, sede da empresa, aos visitantes. Se já ocupam um papel tão relevante na cidade mais importante do mundo, para a BMW, é bem possível que eles ganhem a nobre missão de voltar ao asfalto, mas de maneira ambientalmente sustentável. Com sorte, ainda tão bons de dirigir quanto qualquer BMW.

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