O ritmo da Aston Martin continua acelerado. Menos de um mês depois da apresentação do V12 Vantage, a montadora revela seu quarto lançamento: o cupê DBS Volante. E ainda falta mostrar um quinto modelo para 2009: o Rapide, esperado para o Salão de Frankfurt, na Alemanha, em setembro. Para uma marca com um nicho tão seleto, e ainda mais em tempos de crise, parece que o fabricante inglês não para. O DBS Volante é o 16° conversível da história da marca, que completa 95 anos.
E, mesmo sendo o quarto lançamento do ano da Aston Martin, não é menos importante. Pelo contrário. O Volante esteve entre os objetivos da equipe de design por dois anos. Por isso, fica fácil explicar as características do modelo. Ele mantém as características do cupê DBS, em termos de performance e eficácia, combinando com a sensação de liberdade do conversível. Ao contrário do cupê, porém, o DBS Volante é um 2+2. Ainda que a própria Aston Martin defina os lugares posteriores como "ocasionais", destinados a crianças ou para aumentar a capacidade para as bagagens
Além da configuração do habitáculo diferente, a mais evidente mudança do DBS comum para o DBD Volante é a capota de lona, de funcionamento totalmente automático, operado por um sistema hidráulico. O processo de abertura e fechamento leva 14 segundos. Como é obrigatório, para incrementar a segurança lá estão escondidos atrás dos encostos de cabeça traseiros os arcos de proteção retráteis, que se elevam em frações de segundo em caso de capotamento.
Outro elemento que distingue as duas versões do DBS é o peso: no DBS cupê é de 1.695 kg, em parte por conta dos bancos esportivos ultraleves – não disponíveis no Volante. O conversível, por sua vez, pesa 1.810 kg. O DBS conta ainda com motor V12 6.0 litros de 517 cv, freios a discos de cerâmica, rodas aro 20 e suspensão adaptativa, com calibragem exclusiva para a variante sem capota. Como na versão cupê, o Volante oferece modo de condução mais esportiva – modo Track –, acionado ao apertar um botão no painel. Além do Track, a nova versão conversível dispõe também do controle eletrônico de estabilidade em posição intermediária – entre os modos normal e totalmente desligado. Por fim, é notável que o DBS Volante seja um verdadeiro objeto de desejo que, na Europa, será oferecido por nada menos do que 314.070 euros – aproximadamente R$ 800 mil.
Primeiras impressões
Gaydon/Inglaterra – Sobram elogios para o DBS Volante. A rigidez torcional do carro é magnífica, os freios parecem incansáveis e o desempenho do motor está acima de qualquer suspeita. Até a sonoridade do propulsor impressiona. Sobretudo com a capota recolhida e rodando acima das 3.800 rpm, momento a partir do qual o motor muda completamente de tom e se torna absolutamente inebriante – a ponto de nem precisar ligar o sistema de som Bang&Olufsen com treze alto-falantes, que vêm de série no modelo.
Em baixas velocidades, é notória a diferença entre os modos mais macio e mais rígido da suspensão adaptativa. O que significa que é perfeitamente possível rodar descontraidamente a velocidades moderadas com razoável nível de conforto. Só que o modo mais firme de condução pode ser algo incômodo quando o objetivo não é dirigir de forma efetivamente esportiva. Da experiência, apenas um ponto "menos positivo", mas já recorrente nos modelos da Aston Martin. O túnel da transmissão central alto teima em atrapalhar o cotovelo do motorista quando, nas versões com caixa manual, se engrena mudanças pares. A solução é optar pelo câmbio automático Touchtronic.
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