55º Dia
Aproveitando a oferta do pessoal da Carro Online, nossos vizinhos de redação aqui na Motorpress, nesta terça-feira deixei a moto na editora e voltei para casa com o Uno Way 1.4. Não abro mão da agilidade e economia das motocicletas no dia a dia, contudo, confesso que de vez em quando é muito bom sair do trabalho e voltar para casa relaxando em um carro confortável e ouvindo uma boa música… Só não pode ter pressa para chegar.
Quero focar este post em uma característica de certa forma polêmica, que é o aspecto aventureiro deste Way. Não me refiro ao visual externo do carro, repleto de molduras plásticas sem pintura que, para muitos, traz uma imagem de robustez ao pequeno Uno. Quero me ater, exclusivamente, à suspensão e ao conjunto de pneus deste Way 1.4.
Nos 12 km que separam a editora da minha casa, passo por algumas das piores ruas de São Paulo quando nos referimos à qualidade do “asfalto”, mas duas delas, em especial, são dignas de rali: Av. Pirajussara e Av. Eliseu de Almeida, paralelas à Av. Francisco Morato. Quem passa — ou já rasgou um pneu por ali — sabe do que estou falando.
Se você gosta de dirigir (e tenho certeza que sim), deve concordar comigo que não existe nada mais irritante que dirigir preocupando-se em desviar de buracos, ondulações e desníveis ao invés de concentrar-nos na “pilotagem” e no trânsito a nossa volta. Pois bem, se você pensa assim e já decidiu que seu próximo carro será um novo Uno, esqueça do Vivace ou Attractive e parta logo para o Way.
Os pneus de perfil alto 175/70, calçados em rodas de 14″ (bem bonitas por sinal) trabalham de forma eficientíssima com as suspensões — que, curiosamente, são absolutamente idênticas em todas as versões deste Fiat, e não mais altas nesta versão testada, como muitos podem pensar. Na volta para casa confesso que, propositalmente, percorri as avenidas que citei acima pela faixa de asfalto mais “castigada” e, além de me surpreender positivamente pela forma como o Way literalmente ignorou as irregularidades, me deparei com um carro que concilia perfeitamente a equação entre conforto e estabilidade. Pelo menos em uma utilização urbana.
Muito mais que um visual externo robusto, valorizo a sensação de estar dirigindo um carro sólido e bem construído. Para mim, isso é sinônimo de prazer ao dirigir, e foi justamente nisso que este Way me agradou plenamente. Se somarmos a isso o agradável aspecto (e espaço) interno, a modernidade das linhas externas e o bom desempenho do trio direção/motor e câmbio, colocaria este modelo no topo de uma hipotética lista contendo os pequenos que eu compraria.
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