11 de set. de 2010

Novo Uno: Cidade e estrada.

(52º, 53º e 54º Dias)

Quem nunca andou em um Fiat Uno? Acredito que este automóvel faz parte de um seleto grupo de carros presente no imaginário da população brasileira. Mesmo aquela sua tia que não sabe diferenciar um hatch de um sedã, com certeza, vai conhecer um Uno. Na década de 1990, minha família possuiu um Uno Mille Eletronic 1994 que foi muito útil para nós na época. Mas, mesmo que o antigo Uno já tenha grande importância na história automobilística de nosso país, as mudanças feitas pela Fiat no carro devem torná-lo ainda mais emblemático.

Em meu primeiro contato com o novo Uno, andei bastante com o Way 1.4 na versão cheia de equipamentos do Teste dos 100 Dias. Tive a oportunidade de rodar com o automóvel tanto na cidade (79 km) como na estrada (205 km). No trajeto urbano, o Uno se saiu muito bem e o motor de 88 cv de potência possibilitou uma movimentação confortável, mesmo em subidas bem íngremes. Além disso, as suspensões mostraram-se ao mesmo tempo confortáveis e firmes.

Pela manhã, senti certa “hesitação” no motor. Quando fui subir a rampa do meu prédio — ela é bem inclinada —, o Uno perdeu força e fui obrigado a parar. Esperei alguns instantes e, aí sim, consegui sair sem problemas. Quanto à ergonomia, considero o novo Uno bem confortável e gostei muito da “pegada” que o volante do hatch proporciona.

Pegando a estrada

Se no sábado (7) fiquei rodando apenas na cidade, no domingo (8) foi hora de cair na estrada. Acompanhado de minha namorada, parti rumo a Indaiatuba, no interior de São Paulo, para passar o Dia dos Pais com minha família. Ela achou o Uno bem interessante e deixou de lado um preconceito que tinha sobre o carro. “Nossa, ele é bem espaçoso e tem uns detalhes diferentes. Nem parece um carro de entrada”, disse ela.

Ao entrar na Rodovia dos Bandeirantes, logo foi possível notar um fato que muitos usuários do Teste dos 100 Dias vêm reclamando sobre o carro. Passando os 100 km/h e próximo aos 3.000 rpm, o motor apresenta um ruído alto, fato que também foi notado por minha namorada. “Parece que está pedindo mais uma marcha”, acrescentou ela. Realmente, concordo absolutamente, o novo motor EVO 1.4 mostrou-se bem ruidoso entre 100 km/h e 120 km/h (velocidade máxima permitida na estrada).

Bom, não é nada muito escandaloso, mas torna-se bem cansativo com o passar do tempo. Concluindo, achei muito positivas as mudanças realizadas pela Fiat no Uno. Sem dúvida, o carro tem tudo para se tornar um ícone de nossa época. Acredito que a fabricante procurou dar um ar de exclusividade ao hatch, lembrando, por exemplo, o Fiat 500. Assim, espero que outras marcas também possam trazer parte dessas inovações para os carros de entrada.

Não considero que o novo Uno tenha uma beleza exuberante, mas é um carro com muita simpatia e linhas modernas. Gostei muito do painel, mas achei “tosco” o console central com o endereço do site da Fiat. Bem, ontem à noite, quando fui tirar as minhas coisas do porta-malas, senti falta de uma luz no bagageiro. Se por um lado a Fiat elevou o Uno a outro patamar, devido ao visual, espaço interno e acessórios, acabou esquecendo de algumas coisas básicas e imprescindíveis.


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