50º dia
Essa frase acima foi criada pelos americanos para justificar o tamanho dos motores de seus carros, propulsionados quase sempre por 8 cilindros em V. Mas eles não queriam saber de blocos menores. Na era dos big block, entre os anos 60 e 70, até a 1ª crise do petróleo, em 1973, achavam que o Chrysler 426 Hemi (7.0 litros), o Ford 427 (7.0 litros) e o Chevrolet 454 (7.4 litros) eram o mínimo para quem quisesse realmente se divertir ao volante e ser respeitado.
Não que eu concorde com essa “ignorância” automotiva, até sou fã de motores pequenos que giram alto e vêm acompanhados de um ou dois turbos. É uma delícia acelerar carros assim, no entanto, no caso do novo Uno, tive de recorrer à tal frase para explicar em síntese como me senti ao volante do 1.4 Way. Não é nem que eu não tenha gostado do novo motor 1.0 EVO, mas nem dá para comparar a performance do Uno com o motor 1.4 EVO.
Ele ficou muito ágil no tráfego urbano, com seu câmbio curto. É o típico carro para quem gosta de uma pequena dose de emoção diária. A ressalva fica por conta dos pneus, que não têm muito apetite por curvas e desvios rápidos. Geralmente dobram demais. A 5ª marcha ficou curta também, mas como na cidade é difícil passar dos 100 km/h – caso você seja responsável – quase não vai perceber.
Subidas, descidas e saídas de semáforo à frente dos outros não são problemas para ele, além de que é sensivelmente mais silencioso. Afinal, você não precisa esguelá-lo para que ele deslanche. E nada paga a sensação de estar em um carro que responde. Se você tem um 1.0 tem que experimentar essa sensação, se já migrou para um motor maior, sabe bem do que estou falando.
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