6 de ago. de 2010

Perfeito (também!) para uma viagem longa.

8º e 9º dias


Inicio o post de hoje, referente ao 8º e ao 9º dias, pedindo desculpas pelo atraso devido ao fato de ontem eu ter viajado e ter chegado tarde da noite em casa. E também devido ao jogo do Brasil hoje pela manhã. Vamos ao que interessa. Escalado para participar do evento de lançamento de dois modelos da BMW no país — o Série 5 Sedã e o GT — em Gavião Peixoto (SP), na região de Araraquara (SP), elegi o nosso Uno dos 100 Dias para essa viagem em vez de ir de avião. Muitos aqui na redação me taxaram de louco por eu trocar o conforto de uma aeronave que faria o percurso de aproximadamente 300 km em 50 minutos de voo, para viajar durante 4 horas a bordo de um carro 1.0! Não me importei. Já havia feito uma viagem curta com o mesmo Uno até Limeira (SP) e não achei o carro desesperador na estrada.

Peguei o carro na 4ª feira passada (24) à noite e primeiro fui somente até em casa com ele. Rodei pouco: 12,9 km entre os bairros de Santo Amaro e Saúde, mas o suficiente para comprovar o quanto o Uno é bom de andar na cidade. Seu câmbio bem escalonado com o motor de 1 litro proporciona uma boa agilidade no trânsito, e o fato da versão Way ter a suspensão elevada contribui para ele andar em asfalto ruim com robustez. Também gostei muito do seu farol que emite uma luz branca e no facho certo, em vez da amarelada e desfocada da antiga geração.

Ontem de madrugada, às 5h da matina, eu e o fotógrafo Pedro Bicudo pegamos a estrada para a nossa jornada. A primeira providência foi abastecer. No posto BR do restaurante Frango Assado, que fica no quilômetro 34 da rodovia dos Bandeirantes, completei o tanque com 30, 458 litros de etanol e zerei o hodômetro parcial. O total indicava 2.299 km. Entrei na estrada e segui rodando a velocidade máxima permitida de 120 km/h até chegar à rodovia Washington Luiz, onde a velocidade máxima permitida cai para 110 km/h, e em alguns trechos como Rio Claro (SP) e Araraquara (SP) para 90 km/h. Tudo dentro dos conformes. Cheguei a Gavião Peixoto após 4h27 de estrada e ter rodado 282 km. Durante o restante do dia o Uno não rodou. Até que às 17h retomei o volante do compacto para retornar à São Paulo. Como ainda tinha um pouco menos de meio tanque de etanol, peguei a estrada e rodei por mais 82 km até São Carlos (SP) para o reabastecimento, onde entraram 35, 466 litros de combustível. Ou seja, após rodar o total de 364 km, o Uno registrou a média de 10,2 km/litro. Embora ela tenha ficado abaixo dos 14,6km/litro que eu tinha aferido anteriormente, mesmo com as condições de tráfego e os ventos laterais que peguei ontem na estrada, tanto na ida quanto na volta, com mais uma pessoa dentro do carro e o porta-malas abarrotado com equipamentos fotográficos, tal média é muito boa. Na vez anterior eu estava sozinho no carro, com o porta-malas vazio e não estava ventando tanto o quanto ontem.

Fora o consumo, que considero bom nas condições que usei o Uno ontem, também ressalto outros itens como um usuário normal que pega o seu carro e cai na estrada. São eles:

1) Motor –Embora ele seja bem casado com o câmbio, perde um pouco o fôlego nas subidas e consequentemente pede redução de uma ou duas marchas, dependendo da ladeira. Na serra de Corumbataí (SP), por exemplo, tive que andar na pista da direita e chamar uma 3ª marcha para não ser “atropelado” pelos caminhões.

2) Câmbio – Macio e bem confortável, tem uma empunhadura agradável e um bom escalonamento. Por isso, o Uno também vai bem na estrada durante a velocidade de cruzeiro.

3) Freios – Não necessita muito esforço e tem boa progressividade. O ABS opcional garante boa sensibilidade no pedal e transmite confiança quando aquele caminhoneiro sem noção entre na sua frente sem avisar!

4) Posição de dirigir- Alta, com banco um pouco duro. Mas mantendo a boa visibilidade. O espaço entre os pedais é bom, e o apoio para o pé esquerdo proporciona descanso mesmo após duas horas seguidas dirigindo.

5) Dirigibilidade – O Uno é gostoso de dirigir, com motor trabalhando em rotação elevada. A 4.000 rpm, por exemplo, é possível rodar a 120 km/h numa boa. Por ser alta, sua carroceria sofre bastante com os ventos laterais.

6) Estabilidade – Em curva de raio médio e fechado, a traseira se mantém firme e o comportamento do carro é neutro.

7) Espaço interno – É pequeno atrás, mas tem bom espaço para as pernas e a cabeça para quem viaja na frente. Seu porta-malas, com capacidade de até 290 litros quando os encostos dos bancos traseiros estão retos, acomodou bem todo o equipamento fotográfico que o fotógrafo transportou.

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