35º Dia
Após uma longa espera, finalmente consegui fazer a minha estreia a bordo do novo compacto da Fiat. Acha estranho? Pois é, muita gente imagina que, por trabalhar numa revista especializada, acabo rodando com todos os carros que chegam à redação assim que eles são lançados. Bem que eu gostaria, mas, infelizmente, não é bem assim. Mas, independentemente disso, o fato é que consegui avaliar o novo Uno. Não tanto quanto gostaria, mas numa boa quilometragem, que incluiu trechos rodoviários e urbanos.
Sobre o carrinho em si, muita gente já comentou. Ele é diferente, ainda chama (muito) a atenção por onde passa e tem soluções interessantes, como o belo aproveitamento do espaço interno, a ergonomia e a visibilidade. O motor merece elogios por oferecer desempenho adequado ao hatch, mas por outro lado, é bem ruidoso e tem funcionamento áspero com etanol. Mas isso, certamente, é questão de costume.
Na minha avaliação em estrada, o Uno mostrou bom comportamento, mantendo a velocidade média com facilidade e apresentando boa estabilidade. Nem mesmo os ventos laterais encontrados vez ou outra chegaram a balançar o carrinho em demasia. Nas curvas, porém, achei que a carroceria “aderna” acima do que eu gostaria. Não chegou a assustar, mas causou uma impressão desagradável.
Falando em aspecto desagradável, dois itens que não me agradaram no carrinho foram o quadro de instrumentos, com o conta-giros muito pequeno – similar ao do antigo VW Fox - e a alavanca de câmbio, com curso muito longo. Sobre o painel, é certo que alguns vão argumentar que ele é maior que o do antigo VW, mas mesmo assim, a leitura é confusa. Particularmente, preferia que as posições do tacômetro e dos indicadores de nível de combustível e temperatura do motor estivessem invertidas.
Já o curso da alavanca do câmbio é um “problema” antigo nos modelos Fiat. É certo que esse recurso proporciona um manuseio mais fácil, mas, em compensação, o torna menos preciso. Como gosto de cambiar bastante, acho a alavanca usada nas linhas Palio e Uno desconfortáveis. Sem falar no pomo com desenho “diferente” usado no novo Uno. Meio quadrado e com grandes dimensões, causa estranheza no início. Mas, passado o período de adaptação, acaba se acostumando com o seu manuseio.
Aproveitando, vale lembrar que, durante a minha permanência com o carro, não percebi nenhuma anomalia com relação à suspensão, nem a tal vibração com o motor em marcha-lenta, relatadas ontem pelo Leonardo Barboza. Parece que o serviço da concessionária ficou bom.
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