17º, 18º e 19º dias
No domingo, enquanto arrumava algumas coisas em frente de casa, praticamente todos os vizinhos queriam ver e chamavam as esposas para ver também. Minha enteada, que vai completar 18 anos, já escolheu o carro. É incrível como esse modelo caiu no gosto popular com tão poucas unidades nas ruas.
O melhor de tudo é que ele realmente confirma na prática as boas impressões que temos dele quando está parado. Um veiculo acessível com faixa degradê no vidro, luz no porta-luvas, temporizador da luz interna, alças para todos os passageiros, porta-óculos e espelho para ver as crianças atrás não e normal. Não mesmo. Temos de considerar, é claro, que alguns desses itens são opcionais, mas tê-los à disposição mesmo pagando mais já é positivo em comparação aos concorrentes.
O acabamento dele não é impressionante, mas é de bom gosto e não passa aquela impressão de carro de entrada, como a maioria dos concorrentes sugere. Com o aplique interno (opcional), a sensação de qualidade melhora ainda mais. Apenas achei que a cobertura do porta-malas poderia ter um visual melhor, pois o fino plástico escolhido é pobre demais.
A posição de dirigir é facilmente encontrada com um banco que regula a altura, apesar de o encosto ter aquela velha alavanca que exige habilidade do motorista para conseguir um ajuste fino. O volante de três raios tem uma boa pegada, ainda mais nesta versão que tem apliques de couro que ressaltam mais uma vez a boa sensação de qualidade que havia comentado. No meu antigo Palio, tinha de colocar o assento todo para trás e ficava no limite para não ficar com as pernas em posição errada. No Uno, ainda tinha folga, mesmo com o limitador. Quem vai atrás também não tem do que reclamar. Andei com três passageiros e ninguém sentiu falta de espaço. Eu também sentei atrás com os meus 1,80 m com o banco do motorista ajustado para mim e pude me acomodar bem, com espaço de folga para as pernas e cabeça. A sensação de espaço é boa e ele ainda tem um console com dois porta-copos que acabam virando porta-moedas, celular etc.
O painel de instrumentos é pequeno, mas oferece boa leitura. Não tem nada a ver com o antiquado painel que equipava o antigoVW Fox, por exemplo. Os botões que ajustam o sistema de ar-condicionado são grandes e de fácil operação.
Na hora de andar, contudo, o motor 1.0 deixa a desejar. Perto do meu antigo Palio, o Uno fica bem aquém em desempenho. Mas também devo considerar que o Uno é completíssimo, enquanto o meu Palio era básico.
Em todas as partidas que fiz com o motor frio, senti um pouco de dificuldade e ainda o deixei morrer uma vez quando tentava sair. Com o motor frio, o desempenho dele é sofrível. Logo que saio de casa, enfrento uma ladeira e, com ele, mal conseguia alcançar o cume. É um problema e tanto que nunca vi desde a época do surgimento da injeção eletrônica. Depois de aquecido, achei o desempenho um tanto fraco, exigindo bastantes trocas do curto e bom câmbio que equipa o modelo. Ele dá conta do recado na cidade, mas é bem fraquinho… O motor 1.4 deve casar bem melhor com ele, principalmente nessa configuração completa.
O comportamento dinâmico é bem adequado e até “sobra“ para a performance apática do modelo. Ele é bem mais firme que a atual linha Palio e mais macio que o Mille. De qualquer forma, consegue um equilíbrio adequado que não transmite sensação de suspensão barata e pouco progressiva. Não gostei dos pneus Bridgestone que equipam ele. Achei a carcaça um tanto mole em curvas mais fechadas, trazendo um balanço logo na abordagem da curva.
Não gostei do desempenho, um tanto contido, e da cobertura do porta-malas, que destoa do restante do carro.
Problemas na partida a frio
Hoje pela manhã o Uno foi deixado em uma concessionária para que o problema da falta de força com o motor frio seja resolvido. Como de praxe, não nos identificamos como jornalistas, mas a autorizada provavelmente notará que se trata de um carro de frota da Fiat ao checar o documento.
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