Só 2,5% dos carros vendidos no Brasil não podem ter o item.
Apenas 2,5% dos 912 modelos vendidos no mercado interno não têm disponibilidade para serem equipados com ar-condicionado. Apesar disso, a indústria continua tratando o item como um opcional, sem incluí-lo como parte integrante do veículo. Nas propagandas de varejo o equipamento é supervalorizado, anunciado como se fosse um ganho extraordinário para o consumidor.
Na lista dos 912 modelos estão incluídas todas as versões de carroceria, acabamento e motorização de carros e comerciais leves feitos no Brasil e importados. Isso quer dizer que uma versão topo de linha de um carro poderia ter o equipamento e uma versão de entrada do mesmo modelo não.
Do total de versões, 636 modelos já têm o equipamento de série; outros 253 oferecem o ar como opcional e apenas 23 não podem ser equipados com o sistema.
O volume de unidades vendidas com ar-condicionado, no entanto, é bem menor porque os modelos sem o equipamento estão entre os mais vendidos.
Não há estatísticas oficiais, mas calcula-se que 80% dos carros e comerciais leves vendidos no Brasil já vêm com o ar-condicionado. 99% dos importados têm o equipamento de série. Das novas montadoras, Renault, Peugeot e Honda oferece o equipamento no mínimo como opcional, enquanto Toyota, Citroën, Hyundai e Kia equipam todos os seus carros com ar-condicionado de série.
Nas grandes montadoras, apenas os carros pequenos podem vir sem o ar, caso do Gol e Fox da Volks, Classic e Celta na GM, Ka e Fiesta na Ford e Palio e Mille na Fiat. Os demais modelos já têm o equipamento de série.
O ar-condicionado deveria vir de série em todos os carros, assim como outros equipamentos que valorizam e fazem evoluir tecnicamente o produto, como direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos e também equipamentos de segurança, como airbag e ABS (que serão obrigatórios em parte da frota a partir do ano que vem).
Mas a indústria costuma depenar o carro básico alegando que o consumidor "prefere" um carro menos equipado e mais barato. Preferir não é a palavra certa: o problema é que o preço de um carro pequeno equipado pode chegar ao de um carro de categoria superior.
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