5 de jul. de 2010

Novo Fiat: A Jabulani da Fiat.

(1º dia)


Aproveitando o clima de Copa do Mundo, podemos dizer que o novoUno é a bola da vez no segmento dos veículos “populares”. E conforme a Carro Online antecipou, ele também será a bola da vez no Teste dos 100 dias. Inicialmente, durante 25 dias, o primeiro Uno a participar da maratona é o Way 1.0. Em seguida, trocaremos o compacto por um de outra versão. A ideia é testar as quatro disponíveis (Vivace 1.0, Attractive 1.4, Way 1.0 e Way 1.4), mas para isso dependemos da disponibilidade de carros da Fiat, já que o compacto está sendo muito requisitado pela imprensa junto à montadora. Por isso também não conseguiremos seguir uma ordem crescente ou decrescente de preços, mas buscaremos levar aos leitores o mais c0mpleto teste de longa duração do Uno.

Foi com a versão Way 1.0 que tive a oportunidade de passar um dia inteiro entre a pista de testes e alguns deslocamentos com a família a bordo. Levei o Uno para o campo de provas, onde ele passou por sua primeira medição (veja a tabela com os resultados abaixo). Durante a ida para a pista, notei que ele é mais gostoso de dirigir que a versão 1.4. Sua relação de diferencial casa bem com o motor de baixa cilindrada e isso faz com que ele deslanche melhor. Também gostei bastante da média de consumo: 14,6 km/l! E com etanol!

Um ponto favorável do carro andando na pista é a estabilidade. Apesar de a nova geração não ter mais a suspensão traseira independente (com feixe de molas), como antes, ele contornou a curva fechada da pista de testes com boa aderência e sem a tendência de sair de frente — a não ser quando provocado com movimento brusco na direção. Outro ponto forte do carro é a estabilidade direcional. Apesar de alto, o Uno sofre pouca interferência dos ventos laterais.

Quanto à retomada, por se tratar de um veículo 1.0, achei que na prática ele não demora tanto assim para recuperar o fôlego. Em frenagem, o Uno também se mostrou eficiente, afinal, a unidade avaliada veio com ABS. Ao retornar para São Paulo à noite, gostei da iluminação dos faróis. A luz baixa tem um bom alcance e o facho de luz concentrado na estrada, e não no acostamento. Sua visibilidade também merece destaque, principalmente a dos retrovisores traseiros, que oferecem um bom campo de visão.

Ao chegar em casa, aproveitei para passear com a família: eu, minha esposa e dois filhos pequenos. Um dos pontos que merece elogio é a facilidade em dirigir o compacto. Sua direção hidráulica esterça bem e isso permite que se façam poucas manobras em espaços apertados como a minha vaga de garagem. Quanto ao espaço interno, tanto o dianteiro quanto o traseiro acomodou bem os ocupantes. As duas cadeiras infantis se encaixaram perfeitamente ao banco sem prejudicar a minha posição de dirigir.

Mas que gostou mesmo do carro foi minha esposa. Ela elogiou a grande quantidade de porta-copos que o Uno tem e que nem mesmo o nosso Doblò possui. E como o Uno também será destinado às mulheres por sua facilidade de dirigir, aproveitei a oportunidade em que eu estava como um segundo carro de testes para deixar parte da avaliação para a minha esposa. Veja o relato dela:

Meu primeiro carro foi um Fiat 147. Logo em seguida tive um Uno Mille Eletronic (guardo boas memórias dos dois), por isso foi muito interessante usar o novo Uno. Na saída de casa, percebi como o novo design chama atenção, já que muitos olham e até apontam. Mas o grande barato foi quando passei no fim do dia na empresa em que trabalho. Um grupo se aproximou e só ouvi elogios: “Ficou bem diferente!”, “Como da primeira vez que lançaram o Uno, a Fia ‘tá causando’!”, “É outro carro…”.

Em seguida, quase houve disputa para conhecer o Uno por dentro. O design externo foi aprovado pela maioria. Os adesivos deixam o carrinho ainda mais moderno. No entanto, as opiniões sobre o interior não foram unânimes: surgiram reclamações pelo excesso de plásticos e a posição dos botões que abrem os vidros. Já as mulheres gostam dos diversos porta-trecos e do espelhinho para ver as crianças nos bancos de trás (ele é ótimo para acertar a maquiagem também). Os bancos são muito confortáveis. No entanto, o espaço interno foi bastante criticado. Um dos meus amigos, que tem 1,99 m, não conseguiu sentar no banco traseiro e na frente ficou bastante desconfortável. Mas, é claro, é preciso levar em conta que a estatura dele é muito acima da média do brasileiro.

Para mim, a grande questão seria o motor 1.0, ao qual estou totalmente desacostumada. Realmente ele parece fraco para quem usa um carro mais potente, mas para o dia a dia é adequado. A pergunta que mais ouvi das minhas amigas foi: “É fácil de estacionar?”. Sim, é muito fácil de estacionar. Além de caber em qualquer vaga, tem ótima visibilidade e é bastante ágil. Conclusão: adoraria ter esse carrinho para mim.

E vocês, caros leitores, o que gostaram e o que não gostaram do novo Fiat? Suas críticas e/ou sugestões serão muito bem-vindas para o nosso blog. Participem!

Dados de teste:

Aceleração

0 – 40 km/h – 3s3 (20,7 m)

0 – 60 km/h – 6s6 (66,5 m)

0 – 80 km/h – 11s2 (157,6 m)

0 – 100 km/h – 17s2 (309,4 m)

0 – 120 km/h – 27s2 (614,1 m)

0 – 140 km/h –

0 – 400 metros - 20s4 (a 107,2 km/h)

Retomada de velocidade –

40 – 100 km/h (3° marcha) – 18s1

60 a 120 km/h (4° marcha) – 20s5

80 a 120 km/h (4° marcha) – 15s7

Frenagem

60 km/h a 0 – 15,9 m

80 km/h a 0 – 28,8 m

100 km/h a 0 – 45,9 m

120 km/h a 0 – 67,2 m

Fading

100 km/h a 0 (com freios frios e vazio) – 45,2 m

100 km/h a 0 (com freios frios e carregado com 200 kg) – 45,2m

100 km/h a 0 (com freios quentes e carregado com 200 kg) – 46,3 m

Nível de ruído

Em ponto morto – 50,0 dB

A 50 km/h em 3° marcha– 62,4 dB

A 80 km/h em 4° marcha– 66,4 dB

A 120 km/h em 5° marcha – 68,1 dB

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