Mercedes-Benz afirma que gasolina nos Estados Unidos é ruim para seus carros.
Alto teor de enxofre do combustível impede que nova geração de motores seja oferecida no país.
Esta é para aqueles que acham que só no Brasil as coisas são piores do que na Europa. Segundo um executivo da Mercedes-Benz, a gasolina dos Estados Unidos não tem qualidade suficiente para funcionar nos novos motores da marca. A declaração, feita pelo executivo Bernhard Heil ao site Wards Auto, se refere diretamente ao nível de enxofre presente na gasolina daquele país. Mas não se anime – no Brasil a nossa gasolina tem o mesmo problema e mais um agravante.
Vice-presidente da divisão de powetrain da Mercedes-Benz, Heil afirmou que as novas tecnologias implementadas nos motores da marca permitem economia de combustível na ordem dos 10%, além da redução na emissão dos poluentes. O sistema, porém, é muito sensível à qualidade da gasolina – qualquer combustível com teor de enxofre acima de 50 ppm (partes por milhão) danifica os equipamentos. A solução, até que os Estados Unidos optem pela gasolina com baixo teor de enxofre, é oferecer veículos sem as novas tecnologias.
No Brasil uma resolução da ANP (Agência Nacional do Petróleo) obriga que toda a gasolina vendida no País tenha teor de enxofre de no máximo 50 ppm. Contudo, a medida, publicada em 2009, só começa a valer em 2014. Além deste empecilho, que prejudica a calibração dos modernos motores de injeção direta e outros recursos tecnológicos, a gasolina brasileira contém 20% de etanol. Corrosivo e com outra octanagem, o biocombustível inviabiliza o uso de mecanismos como a injeção estratificada de combustível. E não há previsão de que a ANP vá alterar essa mistura, que torna nossa gasolina única no mundo.
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