“A maioria dos componentes no cofre do motor está bem localizada, com fácil acesso”, avalia o conselheiro do jornal, ao citar, como exemplo, a válvula do ar-condicionado (posicionada de forma tal que evita queimadura), as sondas lambdas (o modelo possui duas sondas, uma pré e outra pós-catalisador), o módulo do ABS, as correias e coxins.
A lista de elogios se estende ao atuador hidráulico do sistema de embreagem, que se diferencia por atuar diretamente no garfo e não internamente. “Isso facilita a manutenção”, diz Topedo. “Pois evita ter de descer o câmbio para a substituição do componente”, completa.
Porém, nem tudo são flores. O acesso aos amortecedores dianteiros é ruim, pois obriga a desmontagem da churrasqueira e hastes dos limpadores de parabrisas. Outro ponto criticado pelo proprietário da Ingelauto foi a tampa do motor, que gera vibração desnecessária. Fato curioso foi a ausência de dois parafusos dos quatro que fixam a peça. “Provavelmente caíram por conta da vibração”, arrisca Topedo.
No processo de manutenção preventiva do modelo, Topedo alerta para a necessidade de atenção à inspeção do fluido de freio, que deve ser feita com frequência, a cada revisão, pois existe a possibilidade de infiltração de poeira pelo respiro. “O acúmulo de impurezas pode ocasionar abrasividade que agride os componentes internos e causar vazamentos”, diz o reparador.
No elevador
Por baixo, o novo Corolla não apresenta grandes novidades. Na dianteira, manteve a suspensão independente, tipo McPherson com barra estabilizadora, e na traseira, o eixo de torção, também com barra estabilizadora.
O filtro de combustível está bem localizado, de fácil acesso, e possui engate rápido com trava de segurança, que permite a substituição sem grande esforço.
A caixa de câmbio manual desempenha bem em conjunto com o motor 1.8l, que desenvolve 136 cv/132 cv de potência (álcool/gasolina) a 6.000 rpm, e torque máximo de 17,5 kgfm/17,3 kgfm (a/g) a 4.200 rpm.
No teste drive realizado no modelo emprestado pela Toyota, dois eventos causaram estranheza: a vagarosidade do amortecedor de desaceleração (desh pot), nas trocas de marcha, que chegava a provocar prolongado vazio em situação de condução esportiva (com esticadas de marcha próximo ao limite de corte) e sensação de ausência do dispositivo de stop hidráulico nos amortecedores, em situações de piso irregular.
Apesar disso, o Toyota Corolla é um carro confortável, espaçoso, que ganhou volume em relação à versão anterior, porém manteve a característica típica dos carros japoneses, de interior simples e funcional.