31 de out. de 2010

Veículo sem recall estará no site do Denatran.

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Sistema de Registro de Avisos de Risco armazenará dados de recall de veículos de todo o país.
 Desconhecimento ou falta de importância. Estes são os motivos, segundo o Ministério da Justiça, que levaram 40% dos condutores a não atenderem a convocação das montadoras para fazer reparos em veículos com defeito de fábrica. A negligência representa risco não só ao atual proprietário, mas também aos futuros, que não tinham como saber se o modelo passou ou não pelo recall. Agora, entretanto, a exemplo de multas e IPVAs atrasados, a pendência estará marcada no Renavam (Registro Nacional de Veículos Automotores) e poderá ser consultada na internet.

A partir de 1º de novembro de 2010, será possível checar na página do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) os veículos que, embora convocados pelas fabricantes, não fizeram recall. As informações estarão no Sistema de Registro de Avisos de Risco, resultado de um cruzamento de dados do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), do Ministério da Justiça, e Denatran, do Ministério das Cidades.

“A montadora vende um carro e sabe quem foi o primeiro comprador, mas não tem condições de notificar o efetivo proprietário”, disse Marcio Fontes, ministro das Cidades, justificando a medida. De acordo com a Portaria nº 789/01 do Código do Consumidor, as fabricantes são obrigadas a divulgar nos meios de comunicação – e em linguagem compreensível – o defeito do automóvel e os riscos que ele representa aos seus ocupantes. Embora a divulgação aconteça, os anúncio abusam, na maioria das vezes, de termos técnicos e de eufemismos para descrever consequências gravíssimas.

Os sites DPDC e do Programa SOS Estradas já disponibilizam um banco de dados de veículos que sofreram recall.

30 de out. de 2010

Salão do Automóvel: Sede de vender.

Crescimento constante do mercado brasileiro faz do Salão de São Paulo 2010 um oásis das marcas.
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A edição 2010 do Salão Internacional do Automóvel de São Paulo abre suas portas num momento de descompasso entre a economia brasileira e a mundial. Com a exceção de China e Índia – mercados fechados, com forte controle governamental e que continuam a crescer com velocidade acelerada –, quase todas as economias do mundo vivem uma espécie de “pasmaceira” desde a crise de 2008. Os mercados mais ricos do mundo – Europa, Estados Unidos e Japão – há dois anos oscilam entre a estagnação e a recessão. Das economias abertas, o maior mercado que conseguiu manter um crescimento constante em 2009 e 2010 foi exatamente o do Brasil. O que faz a 26ª edição do evento paulistano – que completa 50 anos em 2010 – ganhar atenção especial dos principais fabricantes de automóveis do mundo. A tendência é abastecer as filiais brasileiras com atrativos, na esperança de impulsionar no mercado local as vendas globais. Se está difícil vender automóveis nos países que normalmente os compram, por que não oferecê-los no Brasil?

Essa lógica do comércio mundial explica a presença no Pavilhão do Anhembi de “novatos” como o francês Bugatti Veyron, que será oferecido no mercado nacional por um valor estimado em R$ 7,7 milhões – soma que daria para comprar uma frota de 337 Chery QQ, o modelo mais barato exposto no evento, que chega em março da China por R$ 22.900. O Veyron nem é o modelo mais caro em exposição – o Pagani Zonda, já exibido aqui em 2008, tem em sua versão R preço anunciado de R$ 10 milhões. E os dois não reluzem sozinhos no “Clube do Milhão” do Salão de São Paulo. Lá estão também modelos como Koenigsegg CCXR, Spyker C8 Aileron, as Ferrari 599 GTO e 458 Italia, Lamborghini Gallardo LP 570-4 Superleggera, Mercedes SLS AMG GT3 e Bentley Continental Supersports. Todos com valores anuais de IPVA que dariam para comprar alguns automóveis “normais”.

Mas seria injusto dizer que a indústria automotiva mundial vê o Brasil apenas como um local para “passar adiante” modelos caros que não encontram compradores nos mercados habituais. Há no Salão automóveis que têm até fila de espera no exterior, mas seus fabricantes acreditam que vale a pena trazê-los para reforçar a imagem no mercado que esse ano se tornou o quarto maior do mundo em volume. Há também novidades que buscam simplesmente aproveitar as tendências do consumidor local. E em alguns segmentos a briga está particularmente acirrada.

Entre os sedãs grandes e médios, por exemplo, tudo vem de fora, mas não falta novidade. Das marcas de alto luxo, a Audi traz da Alemanha o “peso-pesado” A8 e a BMW importa o novo Série 5, enquanto a sueca Volvo aposta no design do seu S60. No “andar de baixo”, a Volkswagen exibe os renovados Passat alemão e Jetta mexicano e a Renault apresenta o Fluence, que vem da Argentina para aposentar o Mégane. Já a Peugeot anuncia o início da produção do 408 em sua fábrica na Argentina e a Kia traz da Coreia do Sul o Cadenza e o Optima, esse último para encarar por aqui o compatriota Sonata, da Hyundai. Na vertente “ecologicamente correta”, chega a versão híbrida do Ford Fusion mexicano.

E o sedã da Ford vai encontrar com quem brigar. Híbridos e elétricos é o que não falta no Salão de São Paulo. Apesar da demanda mundial crescente, há modelos de vários segmentos. Entre os híbridos, além do Fusion vieram Porsche Cayenne, Volkswagen Touareg, Honda CR-Z, os arquirrivais japoneses Honda Insight e Toyota Prius, JAC Motors J5 e até uma versão híbrida do elegante cupê Peugeot RCZ. Já o grupo dos elétricos trouxe algumas das maiores estrelas mundiais a São Paulo: Mitsubishi i-MiEV – cotado inclusive para ser produzido no Brasil –, Nissan Leaf e Toyota FT-EV.

No segmento que domina o mercado nacional – o de compactos – sobram novidades. A maioria por conta dos chineses. Por sinal, nessa edição do Salão de São Paulo as marcas da China vieram com força inédita – são 9 das 43 marcas presentes ao evento –, embaladas principalmente em compactos como Lifan 320, Haima 2 e JAC Motors J2. Entre os pequenos “não chineses”, o destaque é o Nissan March, que chega até 2012. No final, a sensação é que o Salão de São Paulo 2010 se tornou um bom resumo dos principais eventos automotivos desse ano em todo o mundo. E o Anhembi, quem diria, acabou globalizado.

São Paulo 2010 - As novidades de cada marca
Aston Martin - A marca inglesa, famosa pelos carros de James “007” Bond, acaba de chegar ao Brasil capitaneada pelo empresário Sergio Habib, que já foi presidente da Citroën brasileira e é o maior proprietário de concessionárias da marca francesa. Ele também já representa a britânica Jaguar no Brasil e, em 2011, começa a importar para o Brasil os veículos da marca chinesa JAC Motors. Os arrojados modelos Rapide, Vantage V8, DBS e DB9 têm preços entre R$ 600 mil e R$ 1,35 milhão.

Audi - Depois de amargar a repercussão indigesta da decisão de ficar de fora do Salão de São Paulo de 2008, a marca das argolas quer mostrar sua força com um trio poderoso de novidades: o enorme sedã A8, o cupê esportivo R8 e o badalado compacto A1.

Bentley - A marca inglesa mostra o cupê de dois lugares Continental Supersports, que é o primeiro “flex” da marca, e também o sedã Continental Flying Spur Speed.

BMW - O utilitário médio X3 e o sedã médio-grande Série 5 são as estrelas do estande da marca bávara. Mas quem “rouba a cena” é o futurista conceito Vision Efficient Dynamics.

Bugatti - O Veyron 16.4 Grand Sport – anunciado como o conversível mais rápido, potente e caro do mundo de produção em série – é uma das grandes novidades do Salão de São Paulo 2010. É movido por um motor de 8 litros de 16 cilindros em “W” com quatro turbocompressores e imodestos 1.001 cv. O valor pedido por ele – R$ 7,7 milhões – indica que provavelmente vai ser difícil encontrar muitos pelas ruas.

Chana - A grande novidade da marca chinesa é o pequeno Benni 1,3, que chega ao Brasil por R$ 32 mil.

Chery - A maior marca independente da China não está para brincadeiras. Já anunciou a construção de sua fábrica brasileira na cidade paulista de Jacareí e agora avisa que vai lançar aqui o carro que projetou a marca globalmente: o QQ. Segundo a Chery, o subcompacto com motor 1,1 litro de 68 cv será oferecido a partir de março por R$ 22.900 – com ar-condicionado, direção hidráulica, duplo airbag, ABS, CD player e trio elétrico. Por esse preço, será o carro mais barato vendido no Brasil. Os compactos S18 e S18D e os médios Fullwin 2, em versão hatch e sedã – serão os primeiros chineses com motor flex – também reforçam a linha.

Chevrolet - A série especial Emerson Fittipaldi do Omega marca a volta do sedã australiano ao mercado brasileiro e o esportivo ianque Camaro também começa a ser vendido ainda esse ano. O conceito Aveo RS é exibido com destaque. Mas é bom reparar na versão crossover do Agile, “tunada” pelo preparador Batistinha e batizada com o revelador nome de Crossport – até no nome, algo meio CrossFox e meio EcoSport. Parece estar ali para avaliar a reação do público que vai ao Salão.

Citroën - Com o estande repleto de versões do recém-lançado Aircross, o destaque fica por conta do elegante conceito GTbyCitroën, uma parceria da marca com a empresa que criou o game Gran Turismo 5. O DS3, que havia sido prometido pela marca, não deu as caras.

CN Auto - Towner e Topic, que eram vendidos como modelos das marcas chinesas Haifei e Jinbei, agora foram promovidos a marcas no Brasil. Além delas, a CN Auto passa a importar e distribuir os modelos da Brilliance Auto. A nova marca chega com os modelos FRV, FRV Cross, FSV e Splendor.

Chrysler - Agora como parte do Grupo Fiat, o Grupo Chrysler aposta nos esportivos Dodge Challenger e Charger, de duas e quatro portas, que chegam ao Brasil em 2011. E também na nova geração do Jeep Grand Cherokee, que chega em novembro. A Ram deixou de ser um modelo da Dodge e virou uma marca de pick-ups robustas, como o modelo 2.500 exibido no estande. Da marca Chrysler, a solitária novidade é a edição especial Decade Edition do PT Cruiser, que está em fim de linha.

Effa Motors - As novidades anunciadas pela marca chinesa eram a pick-up Plutus e o caminhão SY 1030 DVA, mas não chegaram a tempo para a abertura do evento. Estavam presentes os já conhecidos monovolume compacto M100 e os utilitários Hafei, em versões Van, Picape, Cabine Dupla e Bau.

Ferrari - Com um motor V12 de 670 cv, a 599 GTO é a Ferrari de série mais potente da história. Seu preço é estimado em R$ 2,5 milhões. Já a 458 Italia tem um V8 de “apenas” 570 cv e custa em torno de R$ 1,5 milhão.

Fiat - Além do conceito FCC III e de uma interessante versão conceitual Uno Cabrio, a marca italiana usa o Salão para apresentar no Brasil o Bravo, que aposenta o Stilo para tentar embalar a marca no segmento de hatches médios.

Ford - A versão híbrida do Fusion, que chega em novembro ao mercado com preço anunciado de R$ 133 mil, e o modelo 2011 do Edge, com preço reposicionado em R$ 122 mil – antes custava R$ 130.950 –, são as maiores novidades da marca americana no evento, além de uma série especial Titanium do Focus.

Haima - Importada pela Districar, mesma empresa que já traz para o Brasil os modelos da sul-coreana SsangYong e da chinesa Chana, a marca chinesa pretende vender por aqui suas versões simplificadas dos carros da parceira nipônica Mazda, os modelos Haima 2 e Haima 3. Mas o começo não foi muito promissor, já que os modelos não chegaram a tempo para o início do Salão e o estande da Haima estava vazio.

Honda - Sem maiores novidades para colocar em suas concessionárias a curto prazo, a Honda reforça a imagem ecológica com os híbridos Insight e CR-Z, o modelo a célula de combustível FCX Clarity e o quadradíssimo e estranho compacto EV-N. 
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Hyundai - O lançamento do sedã Sonata é a principal atração da marca sul-coreana, com seu vigoroso motor Theta-II 2.4 de 178 cv. O conceito Nuvis, criado pelo centro de estilo da marca na Califórnia, indica os parâmetros do futuro design da Hyundai.

JAC Motors - A marca chinesa aproveita o evento paulistano para apresentar sua linha completa de modelos de vários tamanhos e segmentos, com design bem mais criativo que seus nomes: J2, J3, J5 e J6. No dia 18 de março – o chamado “dia J” – serão inauguradas as 46 primeiras concessionárias da marca em 27 cidades de 16 estados brasileiros. Até junho, venderão apenas os compactos hatch J3 e sedã J3 Turin, ambos com motor 1.4 VVT 16V de 108 cv. É quando chega o monovolume médio J6, com sete lugares e motor 2.0 de 136 cv. Em setembro é a vez do sedã médio J5, com motor 1.5 VVT 16V de 125 cv. Já o subcompacto J2, só em 2012.

Jaguar - A marca britânica de modelos esportivos, desde o ano passado controlada pela indiana Tata, traz como principal novidade a nova geração do imponente sedã XJ.
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Kia - A marca sul-coreana controlada pela Hyundai aposta muito em seu crescimento no Brasil. Uma das razões para tanto otimismo é o lançamento da nova geração do Sportage, que desembarca nas concessionárias logo após o Salão, com preço inicial de R$ 83.900. Os sedãs Cadenza e Optima também se apresentam ao consumidor brasileiro, assim como o cupê Cerato Koup. Uma insólita versão canvas e híbrida do Soul, o Soul’ster, lançado em 2009, também chama bastante a atenção.

Lamborghini - Os italianos da marca de esportivos controlada pelo Grupo Volkswagen exibem com toda a pompa e circunstância o Gallardo LP 570-4 Superleggera. Como muita fibra de carbono a bordo, o modelo aposta no baixo peso para tirar ainda mais performance de seu impressionante motor V10 de 530 cv.
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Land Rover -A marca inglesa de utilitários, hoje nas mãos da indiana Tata, exibe pela primeira vez no Brasil seu badalado lançamento desse ano, o moderninho Range Rover Evoque, baseado no conceito LRX, de 2008. Trata-se do Land Rover mais compacto, leve e econômico da história da marca, com 4,32 metros de comprimento, impulsionados por um motor 2.0 de 240 cv. Chega ao Brasil no segundo semestre de 2011.

Lifan - Todas as atenções ficam com o simpático hatch 320, que parece uma versão “genérica” do MINI Cooper. Só que custa bem mais barato: R$ 29.800. Infelizmente o nível de acabamento e qualidade dos revestimentos e materiais também ficam longe do padrão do tradicional modelinho inglês. Mas num mercado que valoriza tanto a imagem como o brasileiro, pode funcionar.

Mahindra - A representante da Índia no globalizado evento automotivo paulistano exibe pela primeira vez no Brasil o Xylo – pronuncia-se “zailo” –, um MPV apresentado no mercado indiano no início de 2009. Garante que está pesquisando a reação do público com relação ao produto para decidir se é viável trazê-lo ao Brasil.

Mercedes-Benz - O bólido SLS AMG GT3 é uma reedição com muita fibra de carbono do lendário “Asas de Gaivota” dos anos 50, capaz de fazer de zero a 100 km/h em 3,8 segundos e atingir velocidades acima dos 300 km/h. E já tem encomendas no Brasil, onde desembarca no segundo semestre de 2011. Outro destaque do estande da marca da estrela de três pontas é a perua conceitual Shooting Break. Segundo a própria Mercedes, o conceito antecipa elementos de design das próximas gerações de seus modelos.

MG - A tradicional marca britânica Morris Garages foi arrebatada há alguns anos por empresários chineses e agora traz para o Brasil os modelos 550, 750 e 6 Turbo.

MINI - A marca britânica controlada pela BMW, que já vende por aqui o Cooper, aposta que pode crescer no Brasil com a versão “lameira chique” Countryman.

Mitsubishi - A grande estrela do estande da marca japonesa é o crossover ASX, que chega por preços a partir de R$ 80 mil, na versão 4X2. Também chama a atenção a versão EVO, de 295 cv, do sedã Lancer, que deve ser produzido no Brasil, em versão mais “pacata”, a partir de 2012. O modernoso utilitário esportivo conceito PX-MiEV e o pequenino compacto elétrico i-MiEV – que também anda cotado para produção no Brasil e foi recentemente apresentado ao presidente Lula – também merecem uma boa espiada.

Nissan - O compacto March, que chega ao Brasil em 2011 – importado do México –, e o badalado elétrico plug-in Leaf, que começou a ser produzido em escala, são os principais destaques da marca japonesa associada ao Grupo Renault.
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Peugeot - O arrojado cupê francês RCZ será importado para o Brasil em 2011 e aparece inclusive em uma inusitada versão híbrida. Outros que aproveitam o evento como “avant-première” são o crossover francês 3008 – que será lançado em novembro – e o imponente sedã 408, que chega em fevereiro de 2011 importado da Argentina e tira de linha o esquisitinho 307 sedã.
Platinuss - A empresa paulista especializada em esportivos caríssimos traz modelos de quatro marcas. Além do italiano Pagani Zonda R – que custa R$ 10 milhões –, já conhecido da última edição do evento paulistano, agora importa também o holandês Spyker C8 Aileron, com preço na faixa entre R$ 990 mil e R$ 1,2 milhão, e o sueco Koenigsegg CCXR E100 Platinuss Special, feito por encomenda pelo distribuidor brasileiro, que sai por R$ 6 milhões. De quebra, a Platinuss exibe os protótipos do Vorax, versões cupê e conversível da recém-criada marca brasileira de superesportivos Rossin-Bertin – o Bertin vem de Natalino Bertin Júnior, fundador da Platinuss. O custo dos modelos é estimado em R$ 700 mil.

Porsche - O cupê esportivo 911 GT2 RS, a versão híbrida do utilitário esportivo Cayenne S e as versões de entrada V6 para Cayenne e Panamera são os principais destaques da marca alemã.
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Renault - Os franceses da marca do losango apostam suas fichas no lançamento do Fluence, sedã que substitui no mercado nacional o Mégane, cujas vendas nunca chegaram a emplacar de verdade. Uma versão conceitual lameira do hatch Sandero divide com o Fluence o lugar de maior destaque no estande.

Seat - Reaparece no Brasil exibindo uma solitária versão esportiva Cupra do hatch Ibiza. Não está confirmado se haverá realmente a volta ao mercado nacional da marca espanhola, controlada pelo Grupo Volkswagen.

Shelby - Os míticos GT 500 e GT 500 Super Snake fazem a alegria dos fãs locais da marca da cobra.

smart - Novas versões temáticas do pequenino ForTwo são a novidade da marca suíça controlada pela alemã Mercedes.

SsangYong - O crossover Korando era para ser a novidade no estande da marca sul-coreana, mas só apareceu na quarta-feira. Compareceram os já conhecidos Actyon, Kyron e Rexton.

Subaru - A marca japonesa da constelação, representada no Brasil pelo Grupo Caoa, apresenta suas duas novidades para o mercado brasileiro: o sedã Impreza WRX STI e o crossover Impreza XV.
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Suzuki - Surpreendeu ao aproveitar o evento para anunciar que vai fabricar no Brasil o jipinho 4X4 compacto Jimny, que já é vendido por aqui e importado do Japão. O local da fábrica ainda não está definido. Além dele, estão no estande os já conhecidos Grand Vitara e SX4.

Toyota - Como modelo de venda, a novidade é apenas o novo RAV4 4X2. Como conceitos, chamam a atenção o veterano Prius Plug-in, o Fine-S e o simpático compacto elétrico FT-EV.

Volkswagen - Os renovados sedã Passat – que vem da Alemanha – e Jetta – que chega do México – dividem as atenções com a segunda geração do utilitário esportivo Touareg. Desenvolvido pelo centro de design da marca no Brasil, o Rocket, uma inusitada versão cupê da pick-up Saveiro, também merece uma boa olhada.

Volvo - O sedã S60 chega ao Brasil no primeiro trimestre de 2011. O preço não está definido, mas deve começar abaixo dos R$ 110 mil, na versão inicial T4. A previsão é vender no Brasil 1.200 unidades por ano.
 

29 de out. de 2010

Teste: Idea.

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Responda rápido! No mundo das minivans compactas, qual o primeiro nome que lhe vem à cabeça? Se você respondeu Chevrolet Meriva, entenda que você pensou só um pouco diferente da maioria da população brasileira. Segundo o ranking da Fenabrave (Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores), a diferença do Fiat Idea para o Meriva é de apenas 100 unidades no acumulado de 2010. Apesar da pequena diferença no volume de vendas, ambas são bem diferente, e principalmente agora que o Idea ganhou novo motor.

O WebMotors rodou durante uma semana com o novo Fiat Idea 1.6 equipada com câmbio Dualogic. Durante a avaliação concluímos que o Fiat Idea melhorou no conjunto motor e suspensão, além de ter alongado a sua vida útil com a reestilização.

Na semana retrasada também publicamos uma avaliação com a Fiat Idea 1.6 com câmbio manual, a ideia é que você faça um comparativo dos dois modelos recém-chegados ao mercado com sistemas de transmissão diferentes.

A principal novidade do novo Fiat Idea está no coração, naquele que bate por “cavalos”. Com a chegada dos novos motores E.torQ 1,6 e 1,8 (esse último destinado às versões Adventure e Sporting) a Fiat declara a sua independência do “General” Motors. Resta saber se os reparadores irão adotar o motor Fiat tão bem quanto o da GM. Mas isso é um papo para outro momento. O motor 1,6 16V oferece 115/117 cv (G/E), algo em torno de 10,7 kg/cv, ao Idea. Já o torque máximo do conjunto composto por quatro-cilindros em linha é de 16,2 kgfm (com gasolina) aos 4.500 giros. Fraco em baixas rotações e bem esperto nas altas, o trabalho do novo propulsor no Idea ficou um pouco contraditório ao DNA da marca. O E.torQ ficou mais bem-casado na verdade com o Palio.
Apesar disso o Idea Dualogic ficou longe de ser um alcoólatra, marcou uma média 5,6 km/l no ciclo urbano, já o consumo misto (estrada-cidade) ficou em 6,8 km/l. Pelas normas NBR 7024 o Idea Dualogic fez 14,6 km/l (gasolina) / 9,8 km/l (etanol) na rodovia e 11,0 km/l (gasolina) / 7,4 km/l (etanol) na cidade.

Para prolongar a existência do modelo e galgar algumas posições nas paradas de sucesso, o Fiat Idea ficou mais masculinizado. Tal afronta pode ser justificada pelos vincos mais volumosos, se comparados a versão anterior. Mas repare que esteticamente quase nada mudou. Olhe o carro de perfil e tire as suas conclusões. O que vem embalado nessa mudança são os faróis, lanternas de LED, para-choque e tampa do porta-malas redesenhados e frisos. Se por fora pouca mudança é pouca bobagem, por dentro a regra acaba sendo a mesma. Só o volante está diferente.

Suspensão reforçada

Um detalhe que chamou a atenção durante a avaliação foi a evolução, mesmo que sutil, da suspensão do Idea. Mais adequada aos terrenos brasileiros, a sensação de rigidez está maior. Por oferecer um centro de gravidade maior, os monovolumes passam a ideia de que são menos estáveis, e são. Como recebeu um motor mais equilibrado que o da GM e que trabalha mais redondo, o Fiat ficou melhor de se conduzir.
Transmissão robotizada

O câmbio Dualogic no Idea não ficou 100% bom. O poder do pêndulo amplificou e as relações de marchas não ficaram próximas de um mundo ideal. Em algumas situações durante a nossa avaliação a marcha solicitada não entrava por causa das normas do aplicativo. Em outra situação mais critica, o carro derrapou em uma ladeira composta por asfalto molhado. Como não havia o pé da embreagem para efetuar o controle da força do motor, foi necessário puxar o freio de mão e desligar o automóvel para reiniciar uma nova pisada. Uma questão de hábito.

O percalço do câmbio Dualogic é que ele não substitui o tradicional automático. Nas ladeiras o carro anda para trás se o freio não estiver acionado, pois falta um sistema do tipo “hill-holder”. Já em manobras delicadas e lentas, é difícil achar um ponto exato. Afinal, não basta você tirar o pé do acelerador para que o automóvel ande. No caso do Dualogic, o motorista precisa cutucar o acelerador para o modelo andar. Em contrapartida, a transmissão robotizada oferece conforto e, se o cara for sustentável, emite menos CO2 na atmosfera. Para frotas, o câmbio também é uma boa, afinal é impossível você selecionar uma marcha erroneamente. Isso fica bem nítido na hora em que você precisa engatar a ré rapidamente. O sistema não aceita e pede para que você pise no freio.
Preços que fazem a diferença

O Fiat Idea possui quatro versões. A de entrada (Attractive 1.4) custa R$ 43.590. Em seguida estão a Essence 1.6 16V, por R$ 45.610, a Sporting 1.8 16V, por R$ 54.280, e a topo de linha Adventure 1.8 16V, oferecida por R$ 56.900. A Essence 1.6 16V Dualogic tem um valor sugerido de R$ 47.720. Os principais itens da versão Essence são: direção hidráulica, trio elétrico, banco do motorista com ajuste de altura e volante com regulagem de altura. O pacote segurança (ABS e airbags), totalmente necessário, ainda mais na versão Dualogic em que o motorista fica impossibilitado em diversas ocasiões de utilizar o freio-motor, custa R$ 2.547. Com todos opcionais possíveis o preço do carro ultrapassa R$ 60 mil.
Na ampla lista estão faróis de neblina, rodas de liga leve de 15 polegadas, ar-condicionado, sensor de chuva, retrovisor eletrocrômico, airbags laterais, quadro de instrumentos com visor em cristal líquido, sensor de estacionamento, vidros elétricos traseiros e CD Player com MP3, viva-voz, Bluetooth e entrada USB e teto-solar.

Ficha técnica – Fiat Idea 1.6 16V Dualogic
Motor Quatro cilindros em linha, dianteiro, transversal, 16 válvulas, 1598 cm³
Potência 115 cv / 5.500 rpm (gasolina) 117 cv / 5.500 rpm (etanol)
Torque 6,2 Kgfm / 4.500 rpm (gasolina) 16,8 Kgfm / 4.500 rpm (etanol)
Câmbio Robotizado, com cinco marchas
Tração Dianteira
Direção Por pinhão e cremalheira, com assistência hidráulica
Rodas Dianteiras e traseiras em aro 15” de liga-leve
Pneus Dianteiros e traseiros 195/60 R15
Comprimento 3,95  
Altura 1,70 m
Largura 1,70 m
Entre-eixos 2,51 m
Porta-malas 380 l / 1500 l com os bancos rebatidos
Peso (em ordem de marcha) 1.330 kg
Tanque 55 l
Suspensão Traseira com rodas semi-independentes, travessa de torção de seção aberta;
Freios Disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Preço R$ 60 mil a versão totalmente equipada e R$ 47.720

27 de out. de 2010

Cinquenta carros que mudaram o mundo.

Livro passeia do Ford Modelo T, de 1908, ao Smart, de 1998.
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A preocupação com as emissões de dióxido de carbono e com a mobilidade vão mudar a história do automóvel. “O carro, como o conhecemos, pode perfeitamente estar em vias de esquecimento”. Eis o argumento que inspirou o Design Museum – principal museu do mundo dedicado ao design contemporâneo – a reunir em livro os modelos que exerceram impacto decisivo no design sobre quatro rodas.

“Cinquenta Carros que Mudaram o Mundo” (ed. Autêntica) é mais que uma linha do tempo do automóvel. A coletânea pretende analisar a criação dos carros por um filtro histórico e estilístico, revelando características que tornaram cinquenta deles ícones do design mundial.

Curiosidades

Buick LeSabre carro-conceito foi idealizado pelo então chefe de design da GM, Harley Earl (1893-1969), que diziam ter “personalidade aniquiladora e intimidante”. Usava ternos claros e os trocava duas vezes ao dia.

O Jaguar E-Type, estrela do Salão do Automóvel de Londres de 1948, chegava a 241,35 km/h pela metade do preço de um Ferrari ou de um Aston Martin e saia de fábrica com motores à prova de balas.


Cinquenta Carros que Mudaram o Mundo:

1. Ford Modelo T (1908)
2. GN Cyclecar (1910)
3. Austin Seven (c. 1922-1928)
4. Bugatti T 35 B (1924
5. Salmson San Sebastian (1925)
6. Tracta (1927)
7. Dymaxion (1933)
8. Citroën Traction Avant (1934)
9. Bugatti Type 57 Atlantic 1936
10. Tatra T87 (1927)
11. BMW 328 (1937)
12. Alfa Romeo 8c 2900B Le Mans special (1938)
13. Cisitalia Berlinetta (1946)
14. Volkswagen original (1946)
15. Ferrari 125S (1947)
16. Land Rover (1948)
17. Piaggio Ape (1948)
18. Citroen 2CV (1949)
19. Buick LeSabre carro-conceito (1951)
20. Bertone BAT (1953)
21. Alfa Romeo Giulietta Sprint (1954)
22. Fiat Turbina (1954)
23. Panhard Dyna (1954)
24. Citroën DS (1955)
25. Fiat 600 (1955)
26. Táxi Austin FX4 (1956)
27. Lotus Elite (1957)
28. Trabant (1957)
29. Mini (1959)
30. Saab 96 (1960)
31. Citroën Ami (1961)
32. Jaguar E-Type (1961)
33. Lamborghini 350 GTV (1963)
34. Ford GT40 (1964)
35. Chevrolet Corvair (1965)
36. Lamborghini Miura (1965)
37. NSU Ro 80 (1967)
38. Bertone Carabo show car (1968)
39. Range Rover (1970)
40. Alfasud (1971)
41. Austin Allegro (1973)
42. VW Golf (1974)
43. BMW Série 3 (1975)
44. Lancia Megagamma (1978)
45. Mazda RX7 (1978)
46. Audi 100 (1983)
47. Toyota Prius (1997)
48. Fiat Múltipla (1998)
49. Nissan Cube (1998)
50. Smat (1998)



50 carros que mudaram o mundo
Editora Autêntica
Páginas: 112
R$ 34,00

26 de out. de 2010

Carros para curtir.

Mercado tem modelos para muitos estilos, gostos e bolsos.
 
http://www.webmotors.com.br/webmotors/ssRevista/_fotos/mini-cooper-6404_abre.JPG 
O brasileiro está conquistando a liberdade financeira mais cedo, se casando mais tarde e deixando os filhos para mais tarde ainda. A mudança de comportamento influencia também na escolha do veículo. Sem a obrigação de carregar outros passageiros – exceto, na maioria dos casos, pelo cachorro de estimação – consumidores optam por realizar o sonho de ter um carro que combine com seu estilo e bolso.

Segundo dados da Fenabrave, carros não populares aumentaram a participação no total de vendas de 33,3% em 2002 para 63,4% em 2010. Os modelos não precisam ter, necessariamente, dois lugares para corresponder ao perfil de solteirões ou casais que postergam a chegada dos pimpolhos. Não podem faltar ao pacote de itens de série, entretanto, estilo, diversão, esportividade e originalidade.

O casal Rodrigo Silva, 33, diretor financeiro, proprietário de um Mini Cooper, e Patrícia Domingues, 36, ligada à arquitetura e gastronomia, proprietária de um New Beetle, representam um bom quadro desse novo perfil de consumidor. “Pretendo ter filhos só aos 40 anos. Até lá, farei todas as coisas que gosto, como viajar e, por que não, ter um carro que combine comigo, sem a preocupação de atender outras necessidades. Adoro arte, coisas exclusivas e diferenciadas. O New Beetle é perfeito para mim”, diz Patrícia.

Rodrigo, que trocará seu Mini por um imóvel, diz que o carro é perfeito para seu estilo de vida. “Queria um carro compacto para o dia a dia, para fazer viagens curtas nos finais de semana e que tivesse, por puro prazer meu de dirigir, um motor potente. Sempre gostei do Mini Cooper, depois de ver o filme Uma Saída de Mestre, comprei o carro um mês depois. Difícil é administrar o ciúme na hora de deixar o carro na mão do manobrista”.

Mini Cooper, Fiat 500, New Beetle, Smart, Volvo C30, Montana, Eos, Mazda, Strada… Qual deles faz a sua cabeça?

25 de out. de 2010

Peugeot mostra modelo para concorrer no segmento sedã médio.

Peugeot 408. Foto: Ricardo Matsukawa/Terra 
O modelo 408 em exposição no estande da Peugeot
Foto: Ricardo Matsukawa/Terra


Diego Marcel
Direto de São Paulo
A Peugeot apresentou, nesta segunda-feira, durante o Salão do AUtomóvel de São Paulo, dois novos modelos que a empresa vai adicionar ao seu portfólio de carros vendidos no Brasil. O 3008 e o 408 vão disputar, respectivamente, entre os segmentos de crossover e sedãs médios.
O 3008 chega às concessionárias da francesa no dia 15 de novembro. Ele tem motor compacto de 1.6 litro, com 156 cavalos de potência. O carro chega ao Brasil ostentando 14 prêmios internacionais, segundo a montadora.
O 408 entrará como player no segmento de sedãs médios a partir do primeiro trimestre de 2011, com motor 2.0 litros Flex e potência de até 151 cavalos. Ele será o primeiro carro brasileiro da marca a levar o novo símbolo, um leão 3D.
Os novos carros que entram em seu leque devem responder por 20% do mix de vendas, ao final de 2011, segundo estimativas da Peugeot, segundo Guillaume Couzy, presidente da empresa no Brasil.



Serviço:
Data: de 27 de outubro a 7 de novembro
Horário: 27/10 - das 14h às 22h (entrada até às 21h)
28/10 a 06/11 - das 13h às 22h (entrada até às 21h)
07/11 - das 11h às 19h (entrada até 17h)
Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - Av. Olavo Fontoura, 1.209 - Santana - São Paulo
Transporte: ônibus circular gratuito a partir da estação Tietê do metrô (disponível uma hora antes da abertura e até uma hora após o encerramento)
Preços: R$ 40 adulto e R$ 30 infantil

24 de out. de 2010

Melhores e piores calçados para dirigir.


Escolha certa proporciona direção mais segura e previne problema nos pés. Participe do concurso cultural para ganhar o seu par!
 http://www.webmotors.com.br/webmotors/ssRevista/_fotos/par-perfeito-abre.jpg
Mais importante do que combinar o calçado com o resto do figurino é saber qual o tipo mais apropriado para dirigir. Preciosismo? Não se pensarmos que dessa escolha dependem uma direção segura e a prevenção de dores e lesões nos pés e tornozelos, especialmente em motoristas que passam muito tempo ao volante.

“Uma eficiente operação dos pedais exige sensibilidade nos pés”, diz o jornalista especializado em automóveis e ex-campeão brasileiro de velocidade Bob Sharp. Os calçados estreitos e de sola fina, como o mocassim, são os mais recomendáveis por Bob. “Esse tipo permite ao motorista ter a percepção necessária dos pés nos pedais, essencial para uma boa condução”. Como exemplo, o jornalista cita o vídeo em que o piloto Ayrton Senna testa um Honda NSX usando um mocassim. “Infelizmente, os de boa qualidade não são mais vendidos no Brasil, apenas na Europa”. Na mesma linha, ele recomenda também as botinhas ou sapatilhas usadas por pilotos. Bob lembra que os solados de borracha não descarregam a eletricidade estática.

Da mesma opinião de Bob, Roberto Manzini, ex-piloto e instrutor especialista em pilotagem, aconselha aos motoristas sapatilhas semelhantes às usadas pelos pilotos (confira sugestões de modelos abaixo). “Quanto maior a espessura do sapato menor a sensibilidade. O ideal é que o calçado tenha solado fino, não saia do pé, não escorregue e permita ao motorista sentir bem os pedais”, explica Manzini. O instrutor chama a atenção também para os cadarços, que soltos, podem atrapalhar o movimento dos pés e causar acidentes.

Já para o médico ortopedista Alberto Mendes, especialista em pé e tornozelo, se, por um lado, os calçados de sola fina dão mais sensibilidade ao motorista; por outro, um solado muito flexível pode causar lesões. “O ideal é que o solado seja rígido para impedir o movimento de apenas uma parte dos pés, como só dos dedos, do calcanhar ou da lateral do pé”, diz Mendes. Segundo especialista, os casos de inflamação por dirigir com o calçado errado não são tão comuns. “O que vemos mais frequentemente no consultório são traumas causados pela maneira errada de apoiar e distribuir o peso dos pés no pedal”.

O primeiro ponto a ser observado, segundo o ortopedista, é a posição do banco do motorista. “Com o banco muito para frente ou muito para trás não há distribuição correta do peso; daí, alguns motoristas dirigirem com a lateral dos pés, com o calcanhar os apenas com os dedos”, alerta Mendes.

Descendo do salto

Embora a proibição não seja prevista em lei – de acordo com o artigo 252 do Código Brasileiro de Trânsito, é proibido dirigir usando calçado que não se firme nos pés ou que comprometa a utilização dos pedais – o salto alto não é, segundo o ortopedista, o calçado ideal para dirigir. “Ele força as mulheres a usar apenas os dedos, o que gera dor de compressão no antepé. Por evitar o problema, elas podem deixar um calçado no carro para dirigir, colocando o salto alto apenas quando deixar a direção”, aconselha.

A analista Tatiane Cardoso Silva diz ter se acostumado a dirigir com salto para compensar o 1,59 m de altura, mas enfrenta outros problemas. “Forço demais os dedos dos pés e, às vezes, acontece de a ponta do sapato escapar do pedal, o que é meio arriscado. Sem o salto, porém, tenho de ficar muito próxima ao volante”.

Para os sem padrão – muito baixinhos ou muito altos – é preciso procurar ajustes milimétricos de banco (altura, profundidade, inclinação), de coluna (altura e profundidade), de direção, cinto de segurança regulável, movimento dos espelhos (interno e externo), entre outros itens de ergonomia, além de orientar-se com a fabricante do modelo/versão desejado sobre como garantir que o veículo não seja inimigo do motorista.


Pés em boas mãos

Eles são o contato entre o homem e a terra, e um dos mais importantes lugares simbólicos do corpo. “Os pés representam a força da alma, o suporte da postura ereta, a base de nossa estatura”, diz Evaris E. de Miranda, autor de Corpo – Território do Sagrado (Loyola). Diante disso, vale dedicar um tempo, no final do dia, para cuidar dos pés como eles merecem.

A dica vem da Índia, dada por Harish Johari, autor de “Dhanwantari – um guia completo para uma vida saudável segundo a tradição Ayurvédica” (Pensamento). “Uma simples massagem com óleo de mostarda nos pés toda noite, antes de se deitar, cura o entorpecimento dos pés, previne as rachaduras causadas pelo frio e a pele escamada, reduz ou elimina as infecções causadas por fungos e bactérias, diminui a agitação e estimula o sono profundo. Segundo as antigas Shastras (escrituras) hindus, ‘as doenças não se aproximam de quem massageia os pés antes de dormir, assim como as serpentes não se aproximam das águias’”.

OPÇÕES

Quer ter estilo nas ruas e tecnologia nas pistas? Confira algumas sugestões automobilísticas:

Tênis Puma Sl Street Lo SF: esportes de velocidade ganham em conforto e estilo, com a tradição da Ferrari representada nas cores e design. Ideal para enfrentar o asfalto e poeira, além de proporcionar a sensibilidade necessária nos pés para a pilotagem.
Parte superior de couro e material sintético para mais leveza e contato suave com a pele. Solado de borracha para mais tração, resistência e estabilidade.
Preço sugerido R$ 359,00.

Tênis Puma Speed Cat 2.9 Lo W: para mulheres apaixonadas por automobilismo. Delicado, o modelo respeita as características da estrutura feminina, como a pele sensível. Parte superior de couro sintético para mais leveza e resistência. Solado de borracha para aderência e estabilidade.
Preço sugerido R$ 199,90.

Tênis Puma Furio V SF: feito para encher os olhos dos fãs de Ferrari. Desenhado para manter o contorno natural do pé e garantir o máximo contato com os pedais. O fechamento alternativo de velcro oferece o conforto e o ajuste personalizados, tornando o calçado moderno e prático. Parte superior de couro para maior durabilidade. Solado de borracha para maior durabilidade e para amortecimento.
Preço sugerido R$ 449,90.

Tênis Puma Speed Cat 2.9 Mid SF: para se sentir nas pistas voando baixo. Traz em seu cabedal um dos símbolos clássicos da velocidade, o escudo da Ferrari. Clássico, tem design versátil que combina não só com quem está nas pistas, mas também com quem procura elegância para o visual nos momentos casuais.
Parte superior de couro para um contato suave com a pele dos pés e mais durabilidade com emblema da Scuderia Ferrari. Solado de borracha para mais aderência e estabilidade.
Preço sugerido R$ 379,00.

23 de out. de 2010

IPVA deve baixar até 7% em 2011.

Os motoristas pernambucanos terão um segundo ano consecutivo de queda no Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA). O número oficial depende de uma pesquisa a ser realizada no mês que vem, mas a Secretaria da Fazenda (Sefaz) já dá como certa a redução do IPVA e trabalha com uma previsão de um imposto na média 7% menor do que o cobrado em 2010.

A variação do tributo depende de uma média de preços dos veículos no mercado, valor que tem sido pressionado para baixo por causa das fortes vendas de carros novos e, consequentemente, pelo aumento do estoque de usados nas concessionárias e revendas.

O valor do IPVA é calculado sobre 2,5% do valor de mercado do carro, de 1% sobre ônibus e caminhões e de 2% sobre as motos.

Quem pesquisa a variação de preços para o governo, sempre nos meses de novembro, é a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), com a sua tradicional Tabela Fipe. O resultado oficial sai em dezembro. Ano passado, o ajuste divulgado para o IPVA 2010 resultou numa redução média de 12% no imposto. Ainda assim, este ano haverá certamente uma nova queda.

“A expectativa é que teremos uma queda no IPVA em torno de 7%. Os preços dos usados estão com essa tendência de baixa. Os automóveis novos estão muito acessíveis, por causa do aumento da renda média da população e das facilidades no financiamento”, comenta o secretário executivo da Receita Estadual, Roberto Arraes.

A Secretaria da Fazenda (Sefaz) esperava um crescimento de dois dígitos, de 17%, no recolhimento do imposto este ano. É que, embora o IPVA tenha caído na média, esperava-se que o aumento da frota compensasse a redução.

Apesar da queda de 12% feita no tributo no ano passado, a arrecadação deste ano não está menor. No acumulado de janeiro a setembro, o que se viu foi uma alta de 9% somente no recolhimento do IPVA.

Só para efeito de comparação, o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide na venda de carros novos, acumula uma subida estratosférica de janeiro a setembro, um crescimento de 37,33%.

“A média de veículos novos na Região Metropolitana do Recife, chegou a 8.500 por mês”, ressalta Roberto Arraes. Em todo o Estado, essa média é de 14.100 novos emplacamentos ao mês, de acordo com o Detran.

Nos dados deste ano, que vão até setembro, a frota estadual bateu a marca de 1,8 milhão de veículos, somando tudo, de carros de passeio e motos a veículos de carga.

O recorde de 2010 foi registrado em julho, quando novos 20 mil veículos passaram a integrar a frota estadual.

22 de out. de 2010

Salão do Automóvel de São Paulo completa 50 anos.

Em 2010, o Salão do Automóvel de São Paulo completa 50 anos de história, um feito memorável que acompanhou a evolução da indústria automobilística do Brasil. Neste palco, dezenas de modelos de grande sucesso estrearam diante do público e da imprensa especializada, o que mostra a importância desse evento que acontece a cada dois anos na maior metrópole do país. Para comemorar esta data, lembramos alguns modelos especiais e o contexto em que cada um foi apresentado ao grande público. Por isso, o WebMotors trará nas próximas semanas uma série especial de reportagens sobre os carros que fizeram sucesso a partir deste grande encontro de paixões sobre rodas.

Em 1960, o Salão do Automóvel realizado no Parque do Ibirapuera teve 11 expositores que receberam 400 mil visitantes. Naquela época, a indústria automobilística ainda estava se fortalecendo no país, após a criação – em 1956 – de um grupo de estudo que viabilizou a entrada de montadoras estrangeiras no país, projeto do presidente Juscelino Kubitscheck. Até então, o Brasil só contava com modelos importados. Neste ano a Volkswagen apresentou o Karmann Ghia, um modelo cupê com mecânica Volkswagen e design italiano que foi lançado apenas dois anos depois. No ano seguinte, estrearam o esportivo Willys Interlagos, o Simca Chambord, Fusca 1200 e o protótipo Centaurus, que tinha dois motores cujo projeto foi abandonado por uma empresa de Campinas/SP.
Em 1962, o evento de importância internacional teve diversos modelos importantes como o utilitários Chevrolet Amazonas, o Toyota Bandeirantes, além do Aero Willys 2600 com “carimbo internacional” (apelido cunhado pela revista Quatro Rodas, Ed. 29) que acabava de estrear quase que simultaneamente no Salão de Paris. A perua Simca Jangada debutava no segmento das grandes station wagons que os brasileiros ainda não conheciam, e o DKW Fissore, um sedan muito bem equipado e com design italiano foi apresentado pela Vemag. Com estilo limpo o carro foi muito elogiado, apesar de não ter sido um sucesso nas vendas, devido ao seu alto preço.

Em 1964 a Willys apresentou o esportivo Capeta, que não foi produzido em série mas impressionou o público pelas linhas arrojadas. O esportivo Brasinca 4200 GT chamou a atenção com seu motor 6cc de 155 cv, bem como a série DKW “Rio” para o Belcar e a perua Vemaguet, que foram mostrados em um palco que reproduzia as famosas calçadas do Rio de Janeiro. A perua Chevrolet C1416 (que no futuro se tornaria Veraneio) foi a grande atração no estande da GM, como proposta de um veículo familiar luxuoso. O carro em questão trazia motor seis cilindros de 142 cv de funcionamento silencioso, câmbio de três marchas sincronizadas, estofamento em napa, pára-brisa panorâmico e linhas contemporâneas, que só contribuíram para o sucesso nas vendas.
A chegada do ano de 1966 após um duro golpe militar parecia não ter abalado a indústria automotiva que superava a marca de um milhão de unidades produzidas. Nesse ano chegaram automóveis luxuosos que mudariam o padrão do mercado. Sem dúvida o grande lançamento era o Ford Galaxie brasileiro, que trazia motor V8 e itens de luxo presentes nos grandes carros americanos. Também brilharam o Uirapuru conversível; o Itamaraty Executivo com elementos de conforto como ar condicionado, revestimento especial e consagrada mecânica Willys; o Simca Esplanada, que era um Chambord com linhas atualizadas; o aguardado Puma GT que seria sucesso em todo o país e a linha Gurgel, marca genuinamente nacional que apresentava os modelos Xavante, Enseada, Augusta e Ipanema. O FNM Onça também levantou as expectativas do público sobre o segmento dos esportivos pois tinha desenho inspirado nos Mustang e conjunto mecânico digno para a época: motor quatro cilindros de 1.975 cc, de 115 cv que levava o carro a 175 Km/h. No segmento de peças destaque para os faróis iodo da Cibié que tornavam a iluminação mais eficiente.
Em 1968 era realizado o último evento no Parque do Ibirapuera, que era insuficiente para sua estrutura. A partir de 1970 o Salão iria para uma nova área que já estava em construção; o Pavilhão do Anhembi, na zona norte da cidade, seria o maior da América Latina. Este salão teve grandes lançamentos que modernizaram o catálogo de modelos nacionais. A grande novidade da Ford era a entrada no segmento dos populares, ainda que nesta época ter um automóvel fosse privilégio de poucos, e mostrou o Corcel, um compacto de linhas modernas e motor 1,4 litro refrigerado a água e acabamento de bom gosto, que combinava os clássicos cromados com elementos modernos. Depois de muita expectativa e de um grande trabalho publicitário com teasers na televisão e na mídia impressa, a GM apresentava o sedan Opala, que chegava em grande estilo; uma plataforma fazia o carro girar no estande exibindo o carro com as portas abertas onde se via um estofamento e revestimentos brancos. Para a imprensa especializada, os primeiros testes concluíam que o motor seis cilindros de 3,800 cc tinha desempenho incrível, apesar do estilo demasiado sóbrio do interior e da parte dianteira. Mal sabiam que estes elementos só mudariam 11 anos depois, em 1980. A concorrência viu que a GM faria do Opala um carro para vários segmentos, e estava certa.

A Volkswagen estava atenta aos movimentos do mercado e mostrava o sedan 1.6, de quatro portas, com carroceria totalmente nova. O carro que teria o apelido de Zé do Caixão, devido ao seu formato, não fez tanto sucesso como esperado e isso não se deve a nenhum problema mecânico, já que usava o motor refrigerado a ar com 1.600 cc, mas sim ao estilo do carro que não agradou aos consumidores. A Chrysler lançava o esportivo GTX, ainda usando a estrutura dos Simca Chambord com o motor Emi Sul V8 2,4 litros e 130 cv. O presidente Militar Costa e Silva e o governador de São Paulo, Abreu Sodré, acompanhavam com o orgulho o evento e assim como os outros chefes de Estado, fizeram questão de conhecer cada um dos grandes lançamentos no dia da abertura oficial que teve cinco mil convidados.

Nesta época, a indústria nacional já havia produzido dois milhões de veículos, e a proporção de automóveis para cada grupo de pessoas chegava a um veículo para cada 34 habitantes. Nesse contexto, as montadoras estavam de olho num país emergente e com grande potencial.

21 de out. de 2010

Lula passeia em carro elétrico que deverá ser comercializado no Brasil.

Presidente Lula conheceu o carro elétrico da Mitsubishi, que pode começar a ser vendido no Brasil em 2013


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conheceu hoje (20) o modelo de carro elétrico da Mitsubishi, construído na fábrica da empresa em Catalão (GO) e levado ao Palácio do Planalto pelos diretores da montadora.

Após dar uma volta no veículo, o presidente elogiou a iniciativa de se produzir no país carros menos poluentes. "Tenho defendido a ideia de que o Brasil é quase invencível nessa disputa por novos produtos menos poluentes", disse.

O carro elétrico pode transportar até quatro pessoas e atinge a velocidade máxima de 130 quilômetros por hora. Na comparação com o modelo a gasolina, ele deixa de emitir 1 tonelada de CO2 por ano. O custo por quilômetro rodado é cerca de um terço do custo de um carro compacto comum. Segundo os diretores, o carro elétrico da Mitsubishi poderá estar no mercado brasileiro em 2013.

O presidente da Mistubishi no Brasil, Eduardo de Souza Ramos, disse que ainda não é possível precisar a que preço o carro será vendido, pois dependerá dos incentivos fiscais.

De acordo com ele, a comercialização no mercado internacional é cada vez mais crescente. "A Mitsubishi produz esse carro há um ano. No ano passado vendeu 1.800 carros, este ano 9.000 e no ano que vem a expectativa é de comercializar 18 mil veículos".

20 de out. de 2010

Carros brasileiros têm problemas de segurança.

2Os carros mais vendidos no Brasil não são seguros, segundo um estudo realizado pela Latin NCAP. Na manhã desta quarta feira, o instituto foi lançado oficialmente em São Paulo e os primeiros resultados mostram que Peugeot 207, Fiat Palio e Volkswagen Gol não são seguros o suficiente, mesmo equipados com airbags.

Com proposta igual ao instituto europeu (chamado de Euro NCAP) o Latin NCAP vai ser representado no Brasil pela Proteste Associação de Consumidores. Inicialmente, o NCAP avaliou seis veículos, seguindo o padrão europeu, com testes de impacto frontais a 64 km/h. São eles Toyota Corolla XEi, Meriva GL PLus (carros vendidos no Brasil em versões semelhantes às europeias analisadas pela Euro NCAP), Fiat Palio ELX 1.4, Volkswagen Gol Trend 1.6 e Peugeot 207 Compact 5p 1.4 (testados com e sem airbags frontais) e o chinês Geely CK1 1.3, que ainda não chegou oficialmente ao mercado nacional. A segurança dos carros foi testada tanto para adultos quanto para crianças, e os resultados não foram dos mais satisfatórios.

"Chegamos a algumas conclusões importantes com os testes, entre elas a importância dos airbags", disse o coordenador do Latin NCAP, Jean-Marie Mortier. Os modelos sem o item de segurança foram classificados como podendo trazer riscos potenciais, principalmente ao condutor. Enquanto o melhor testado foi o Corolla, que atingiu quatro estrelas dentre as cinco possíveis, o pior foi o chinês da Geely, sem nenhum ponto e que teve a carroceria considerada muito fraca. "Felizmente este carro não é vendido no Brasil", disse Jean-Marie. Entre os populares com airbag, o Palio e o Gol ficaram à frente do 207.

Crianças


Outro dado preocupante foi a segurança para crianças. O máximo que os carros analisados atingiram foram duas estrelas. A maioria das cadeirinhas não é compatível com os cintos de seguranças dos modelos. Ainda indispensável, o acessório só funciona com perfeição se preso adequadamente. "Queremos chamar atenção para que haja um diálogo maior entre as montadoras e as fabricantes de cadeirinhas" afirmou Mortier.

Sem aumento


"A intenção da Latin NCAP, junto com a ProTeste, é não só apoiar a obrigatoriedade de itens de segurança, como já está previsto na legislação, mas antecipa-lá e mostrar ao público como ter um airbag e freios ABS é mais importante que travas elétricas", disse Jean-Marie Mortier. O coordenador do instituto acredita que, com a obrigatoriedade dos itens de segurança, o preço deve cair, ao contrário do que acontece hoje que, entre uma versão de entrada e uma com airbags e freios ABS, a diferença pode passar dos R$ 2 mil. "Com a produção dos itens em série o preço dos veículos não deve s2ubir de maneira drástica, além disso, os consumidores devem entender a importância dos itens, negociar por eles e exigir a obrigatoriedade nos veículos vendidos sem o aumento de preço", destacou.

Outro que entende que o preço não deve aumentar com a nova legislação é o representante do Ministério dos Transportes presente no lançamento do NCAP brasileiro, Rone Evaldo Barbosa. "Quando lançamos a legislação que entrará em vigor em 2014, consultamos as fabricantes dos itens e constatamos que o preço não ultrapassa R$ 800", contou. "Não acreditamos em um aumento substancial dos preços dos veículos populares com a introdução de airbags e freios ABS".

19 de out. de 2010

Volks lançará carro de até R$ 23 mil de olho nos consumidores das classes D e C.

http://www.blogauto.com.br/wp-content/2008/03/vw-logo.jpg 

 SÃO PAULO - A Volkswagen anunciou nesta segunda-feira o lançamento de um novo carro de entrada no Brasil, de olho no aumento do poder de compra dos consumidores das classes D e C. O veículo concorrerá com o Uno, da Fiat, e deve custar entre R$ 20 mil e R$ 23 mil, menos que o Gol (R$ 24 mil, o mais barato).

A informação foi dada pelo presidente da montadora no Brasil, Thomas Schmall, em São Paulo. Ele não deu detalhes sobre o prazo de lançamento, mas explicou que o investimento faz parte do pacote de R$ 6,2 bilhões já anunciado pela Volks até 2014. A ideia é montar um veículo com percentual elevado de componentes nacionais, para concorrer também com os chineses:

- Quarenta por cento dos brasileiros não possuem carro hoje. Esse veículo pequeno servirá de carro de entrada para o consumidor das classes mais baixas, que estão aumentando a sua renda com o crescimento da economia.

As montadoras de veículos apresentarão ao novo presidente da República mais um pacote com sugestões de medidas para estimular o setor. As fabricantes reclamam que não existe uma política permanente de inovação que garanta a competitividade e o aumento de exportação para o setor. O estudo da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) é elaborado com o Sindicato Nacional da Indústria de Componentes (Sindipeças) e deve ficar pronto em dois meses.

Para Cledorvino Belini, presidente da Anfavea, medidas de apoio à competitividade devem ser uma "agenda importantíssima para o próximo governo".

- Não temos no Brasil um programa específico para a indústria automobilística - disse Jaime Ardila, presidente da General Motors do Brasil e Mercosul, durante congresso promovido pela Agência AutoData.

Segundo Schmall, os países asiáticos elevaram a sua produção e conquistaram o mundo após a criação de medidas específicas para o setor:

- A indústria automobilística na Coreia é muito forte porque o país tem um plano nacional para o setor.

O presidente da Ford, Marcos de Oliveira, disse que a redução da carga tributária é o desafio.

18 de out. de 2010

SEGREDO: Fiat Stilo terá produção encerrada no final de outubro.

Segundo site, hatch médio dará espaço para o Bravo. Modelo durou oito anos.


Oito anos após ser lançado no Brasil, o Fiat Stilo faz sua despedida do País. Segundo o jornalista Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos, o hatch médio será descontinuado no final deste mês. Até lá, mais de 100 mil unidades terão sido vendidas. Último modelo da Fiat com o motor Powertrain da GM, o Stilo será substituído pelo Bravo, cuja produção, segundo Vidal, já foi iniciada. 


Com a tarefa de substituir o Brava, versão hatch do Marea, o Stilo ganhou destaque na imprensa e nas ruas por seu teto solar panorâmico. Mesmo com preço elevado, o Sky Window tornou-se o sonho de consumo de diversos jovens, enquanto os mais abonados focavam seus desejos na versão esportiva Abarth.

Doze anos
Não será a primeira vez que o Fiat Bravo será exibido no Salão do Automóvel. Em sua primeira visita, em 1998, o hatch de três portas derivado do Marea foi exposto ao lado do Brava para teste de receptividade. Menos popular do que seu “irmão” maior, o Bravo foi deixado de lado no Brasil. Relançado em 2007, o novo Bravo retorna ao País em definitivo para substituir o Stilo.


Segundo Vidal, o Bravo será vendido com o motor 1,8 16V E.TorQ com câmbio manual e automatizado e 1,4 16V Fire turbo – este último equipará a versão topo de linha do Bravo até a chegada do 1,6 E.TorQ Multiair Turbo, em 2014.

17 de out. de 2010

Guia de compra - Troller T4.

 http://www.webmotors.com.br/webmotors/ssRevista/_fotos/01-troller-T4_grande.jpg

A história da Troller começou em 1994, quando Rogério Farias, um engenheiro cearense, iniciou o desenvolvimento do veículo, que era vendido como Troler (com um L). Posteriormente passou a ser produzido na unidade de Horizonte (CE) e entre 1997 e 2000, contava com motor AP 2000 do VW Santana e apenas uma versão, com capota de lona. Vários detalhes eram provenientes de outros carros, para diminuição de custos. A caixa de instrumentos, por exemplo, era do Gol AB9, o "bolinha".

A partir de 2000 passou a ser equipado com motor MWM turbodiesel, de 2,8 litros e 132 cv. Com isso veio também uma mudança na carroceria, sempre de fibra de vidro, que aumentou. Em 2001, ano em que conquistou o título da Campeã Mundial de Rali na categoria T 3.2 Diesel, passou a contar também com a versão de capota rígida.

Em 2002 ocorre a transferência do centro distribuidor de peças, do centro de manutenção e dos departamentos de vendas, design e marketing para São Paulo e nesse mesmo ano o carro passa por revisões em seu projeto para aprimorar o produto. A introdução do freio a disco nas quatro rodas é um deles, assim como mudanças na porta traseira. Em 2003 a Troller retira-se das competições e muda seu centro de desenvolvimento para Vinhedo (SP); lança também o T4-M, versão militar do T4. Posteriormente haveria ainda o desenvolvimento de veículos para os bombeiros e para uso em minas subterrâneas.

Em 2004 o carro passa por uma reestilização na dianteira; dois anos depois o motor eletrônico MWM International 3.0 com intercooler toma o lugar do antigo MWM, com aumento da potência para 163 cv. Em janeiro de 2007 a empresa é adquirida pela Ford, num lance bastante raro na indústria nacional. E em 2008 ocorre uma nova mudança na dianteira, com a introdução de uma grade separada do painel frontal.

Comprando um Troller usado

A compra de um carro desses pode depender do que se vai fazer com ele. Se o objetivo é trilha, talvez comprar um exemplar que já esteja pronto seja a melhor opção. Se o uso for urbano, encontrar uma unidade que foi usada principalmente na cidade (e não são raras, muito pelo contrário), é o caminho indicado. Dê preferência para os modelos movidos a diesel, que são mais caros, mas mais econômicos e mais fáceis de vender posteriormente.

O exame do carro vai em busca de uso negligente ou muito duro, como carros que foram usados em competições off-road por exemplo. Ou veículos de trabalho. Como a carroceria é de fibra, fica fácil ocultar sinais de maus tratos. Mas o chassi pode entregar, por meio de pontos de solta, trincados etc. Outro ponto a ser visto é a parte inferior do motor, para ver se há vazamentos. Embreagem e sistema de tração também não podem ser esquecidos. Na hora da compra, verifique se os pneus estão em bom estado, pois não são baratos. Pneus para uso off-road se desgastam rapidamente quando utilizados em asfalto.

Na hora de usar um carro desses na cidade, tenha em mente que não é ágil, tem a suspensões rígidas, esterçam pouco e – por causa do motor – podem ter o valor do seguro bem elevado. Boa sorte!

16 de out. de 2010

Novo Uno: Conclusões, parte III.

 

Caros leitores, com este post encerramos oficialmente os trabalhos do Teste dos 100 Dias com o novo Fiat Uno.
Esperamos ter atendido aos anseios dos consumidores com informações sobre as quatro versões disponíveis do compacto, que foram testadas nas mais diversas condições.
Revelaremos nesta quinta-feira como será o próximo Teste dos 100 Dias, que inovará mais uma vez em seu formato e terá mais de um carro avaliado. Alguém arrisca dizer como ele será feito? Algumas dicas: teremos uma avaliação temática e mais de uma fabricante envolvida. Mais de duas, na verdade. Talvez até quatro. Cinco?
Confira as últimas opiniões de nossos avaliadores:
Márcio Murta, repórter da Carro Online
Way 1.4 – Embora, como todos os outros Unos por nós avaliados, o Way 1.4 possua bom espaço interno e comportamento dinâmico, o motor 1.4 apresentou altíssimo nível de ruído nesta configuração, tornando longos trajetos cansativos.
Em minha opinião, também é injustificável o investimento de R$ 810 a mais, em relação à versão Attractive 1.4, por, basicamente, um visual “pseudo-aventureiro”. Não é a escolha mais lógica, nem a mais confortável entre os três modelos que pude avaliar. Nota: 6
Vivace 1.0 –Um carro honesto pelo quanto custa. O motor 1.0 com 75 cavalos de potência e 9,9 kgfm de torque (ambos com etanol) funciona bem, especialmente com o baixo peso do Uno.  O acabamento, como nas outras variantes, não deixou a desejar, assim como o porta-malas.
Todavia, a falha que o motor apresentou em fase fria é inadmissível em um propulsor que se diz novo e repleto de tecnologias. Especialmente com o relato de outros proprietários que vivenciaram a mesma dificuldade.   Nota: 7
Attractive 1.4 – Apesar de a borracha ter se soltado da porta no fim do teste, esta seria a minha escolha entre as variantes do Uno. Inexplicavelmente, o motor 1.4 estava menos ruidoso nesta configuração, enquanto o câmbio tenha permanecido com relações curtas, privilegiando o desempenho.
Por mais que o propulsor 1.4 não tenha tanto rendimento extraído por litro quanto o 1.0, é notável a maior quantidade de torque e potência do sistema motriz, tornando o modelo muito mais esperto em retomadas e arrancadas. E trafegando calmamente, ele não é tão gastão. Nota: 8
Thiago Vinholes, repórter da Carro Online

O novo Uno foi feito para vender aos montes. Nunca vi um lançamento se espalhar tão rápido pelas ruas como vem acontecendo com o carro da Fiat. Armas para seu sucesso não faltam, além do quesito novidade. Ele tem bons preços, é bom de dirigir, o espaço interno é interessante e suas diferentes opções de personalização trouxeram uma nova forma de se vender carros compactos populares no Brasil. Acredito que até a segunda metade de 2011 o modelo deve ultrapassar o VW Gol, que nunca teve sua liderança tão ameaçada como agora.
Também gostei dos novos motores 1.0 e 1.4. Os dois são bem elásticos e econômicos, mas confesso que não percebi tanta diferença entre o desempenho das duas opções. Andando na cidade, parece não haver diferença entre um modelo e outro, afinal são apenas 13 cv de vantagem para o modelo mais potente, que tem 88 cv. Na estrada a diferença é mais evidente, mas também não achei grande coisa. Por esse motivo, optaria por um Uno com motor 1.0. É mais econômico e mais barato.
Não sou fã de veículos “pseudo-aventureiros”, por isso descartaria as versões Way do Uno. Além de não serem autênticos off-roads, esses veículos só dão dor de cabeça na hora de um eventual conserto, que fica mais caro por causa das peças “aventureiras”, ou então no momento de trocar um pneu misto, que custa uma fábula perto dos pneumáticos convencionais. Mas há quem goste, não recrimino.
Considero o Vivace 1.0 o melhor dos Uno, mas desde que venha com os para-choques pintados na cor do veículo e equipado com ar-condicionado, como o modelo cedido pela Fiat para o Teste dos 100 Dias. Além disso, a pintura Azul Splash caiu muito bem ao carro. Já o Attractive 1.4 não me passou uma boa impressão. Não gostei de seu acabamento e o problema na injeção de combustível é inadmissível para um carro tão novo.
Gerson Campos, editor-chefe da Carro Online
Sempre ouvi muito mais elogios de donos de Palio e Mille do que reclamações. As queixas, aliás, são raras. Quem tem um Mille costuma defender o carro com unhas e dentes. Com os donos de Palio não é muito diferente. E os proprietários de Uno, como reagirão? Acredito que o “fenômeno” vá se repetir, afinal, trata-se de um bom produto.
Lembro que na apresentação do Uno fiquei impressionado com o espaço interno, além da modernidade do desenho. Outro item que me chamou atenção foi a textura nos plásticos do interior. Não é uma coisa comum em compactos de entrada e, justamente por isso, ajudou a reforçar a impressão de qualidade.
Confesso que as linhas perderam um pouco do encanto com o tempo, mas durante nosso Teste dos 100 Dias a boa impressão em relação ao espaço interno se reforçou. Ô carrinho pra aguentar gente dentro! Para mim, a visibilidade também foi um dos destaques.
Vale destacar ainda a iniciativa da Fiat em oferecer diversas cores em um país “bicromático” com o Brasil (mesmo assim, praticamente só vejo o Uno em preto e prata nas ruas) e diversas possibilidades de personalização. Se eu fosse comprar um, certamente perderia algumas horas no site da marca até chegar ao meu próprio Uno e esperaria quanto fosse preciso para tê-lo.
Fácil de dirigir como todo Fiat, o Uno joga para a torcida. Privilegia o conforto em detrimento da esportividade com uma suspensão macia (a Volkswagen com a linha Gol, por exemplo, já agrada quem gosta de carros mais justos) e oferece custos de manutenção extremamente baixos.
Particularmente não sou fã de carros muito macios como o Uno, mas entendo a posição mercadológica da marca nesse quesito. Em relação ao baixo preço das peças, não há nem o que discutir: palmas para a Fiat.
O preço dos seguros cotados neste primeiro momento, porém, ainda é alto.
O famoso pré-série
Não é raro pegarmos algum carro recém-lançado para teste, ligarmos na montadora reclamando de um problema e ouvirmos a seguinte frase: “É um modelo pré-série. Tudo vai estar ok quando ele chegar nas lojas”. Será mesmo?
No caso do Uno, parece que pegamos quatro pré-séries, afinal, é lamentável termos a quantidade de problemas que tivemos com quatro unidades diferentes em tão poucos dias.
Não lembro exatamente a ordem nem os carros, mas sei que tivemos pelo menos os seguintes contratempos:
- Borracha de vedação solta
- Injeção com marcha lenta irregular
- Esguicho do limpador de para-brisa solto, molhando o chão
- Adesivo do câmbio solto
- Problema na abertura da tampa do combustível
- Fio da ventoinha desconectado, causando superaquecimento (este, para mim, o mais grave)
É muita dor de cabeça para apenas 100 dias de teste.
Entre as versões, acho que a Vivace 1.0 é a mais indicada para quem quer gastar pouco e ter um carrinho interessante. Não sou fã do visual aventureiro (sem falar no custo extra de se trocar um pneu misto) das versões Way e não gastaria mais por um motor 1.4 ruidoso e com pouca potência e torque a mais. Se fosse para deixar um cheque de R$ 35.000 em um Uno, por exemplo, já cogitaria entrar na seara de Fox, Sandero e cia.
Notas:
Way 1.0: 7
Way 1.4: 6,5
Vivace 1.0: 8
Attractive 1.4: 7,5
Nota geral: 7,25

15 de out. de 2010

Honda anuncia recall de quase 127 mil veículos City e New Fit.

A Honda anunciou nesta quinta-feira o recall de 126.774 veículos dos modelos City e New Fit para aplicação gratuita de uma proteção suplementar no sensor do pedal do acelerador.

Em comunicado, a montadora afirma que, em função do modo de limpeza interna do veículo, poderá ocorrer a transferência de sujeira e detritos presentes no assoalho para a parte interna do sensor do acelerador. Por causa disso, em casos extremos poderá haver dificuldade em reduzir a rotação do motor, levando a risco de acidente.

Os chassis envolvidos na convocação vão de 93HGE87709Z100001 a 93HGE6760BZ103544, no caso do New Fit (ano/modelo a partir de 2009) e de 93HGM2660AZ100032 a 93HGM2620BZ110022 para o Honda City (ano/modelo 2010 em diante).

Os proprietários devem comparecer a partir da próxima segunda-feira (18) a qualquer concessionária autorizada da marca para realizar o procedimento.

A operação, segundo a montadora, é simples, mas é recomendável o agendamento prévio.

Para mais informações e agendamento do serviço, a Honda disponibiliza o site www.honda.com.br/recall e o telefone 0800-775-5346.

A campanha se estenderá até o dia 18 de abril de 2011.

14 de out. de 2010

Novo Uno: Conclusões, parte II.




Tiago Dupim, editor da revista Avião Revue

Durante o teste, tive a oportunidade de conhecer duas versões: a Way 1.4 e a Attractive 1.4. A primeira só pecou em um detalhe: o câmbio poderia ser mais preciso. Mesmo com o ar-condicionado ligado, o motor 1.4 foi muito bem, principalmente em pistas planas. Destaco o ótimo acabamento interno, um dos melhores entre os veículos de entrada vendidos no Brasil. Mas ainda acho o preço puxado. Com um pouco mais de grana, já é possível adquirir um hatch pequeno.

Já o Attractive 1.4 ficou devendo. A borracha de vedação da porta do motorista soltou pela metade. O curioso é que o componente havia sido trocado dois dias antes. Das duas uma: ou o serviço realizado na concessionária deixou a desejar ou o acabamento desta versão é bem inferior. Pela diferença de pouco mais de R$ 800 (segundo o site da Fiat) entre os dois modelos, aconselho a ir de Way.

Nota: 7

César Tizo, editor-assistente da Carro Online

Com muito estilo, uma interessante proposta de personalização e toda tradição que seu nome lhe confere, o novo Uno é, para mim, a melhor opção atual entre os compactos de entrada. Sua inspiração no quadrado ajudou a oferecer aos ocupantes um bom espaço interno. Ele leva cinco pessoas sem sacrificar pernas e ombros. É uma característica muito importante nessa faixa, talvez um dos motivos para seu sucesso comercial.

O nível de acabamento interno também tem sua parcela de ajuda e está acima da média quando o colocamos lado a lado com os concorrentes de porte e preço. Minhas únicas ressalvas vão para motor e suspensão. Será que é tão difícil a Fiat, ou a FPT no caso, corrigir as constantes falhas que o 1.0 apresenta na partida a frio? Já a suspensão, principalmente com o carro carregado, fica muito dura e perde no quesito elasticidade.

O Uno está longe de ser instável, mas bem que poderia inclinar menos em curvas. Fora isso, tem tudo para seguir firme na sua trajetória de sucesso.

Nota: 7,5

Rafael Munhoz, editor-assistente da revista RACING

Depois de ter visto as primeiras imagens e acompanhado algumas matérias sobre o novo Uno, eu estava realmente ansioso para este Teste dos 100 Dias. E a ansiedade tinha cabimento: considerando todas as versões, eu achei o novo compacto da Fiat um automóvel bem justo. É claro, o preço poderia ser um pouco menor, em todas opções, mas não deixou de ser justo.

Inicialmente, testamos o Uno Way 1.0. Era a “menina dos olhos” na Motopress Brasil. Foi assunto por muito tempo. Mas, para mim, apesar de ser um carro confortável e gostoso de dirigir, faltava motor. O mesmo foi constatado quanto testamos a versão Vivace. Na cidade, não creio que haja problemas em andar com o 1.0, mas você deverá ficar impaciente em alguns momentos durante uma viagem.

Em relação ao motor 1.4, creio que seja o ideal. Pode parecer estranho para o Uno ter um motor acima de 1.0, mas creio que, para a proposta atual da Fiat, seja o mais correto. Pelo menos para mim, foi muito bem em todas as ocasiões, inclusive em uma viagem que fiz a Monte Verde, em Minas Gerais. Isso foi constatado com o Way 1.4 e comprovado com o Attractive 1.4.

E como eu sempre afirmei durante todo o teste, acho válido lembrar: trata-se de um carro mais barato, e não um hatch premium, por exemplo. Muita gente, pela expectativa, achava que o novo Uno seria um milagre. É claro que isso não se mostrou uma realidade e tais pessoas mostraram decepção. Mas, se você considerar, desde o início, tratar-se de um automóvel de menos de R$ 30.000 (em algumas versões), acho que o Uninho faz muito bem, sim.

Li algumas críticas sobre o acabamento, mas, ao menos em minha opinião, não são tão válidas, exatamente pelo fato citado no parágrafo anterior. Tem muito plástico, concordo, mas não são mal feitos. O desempenho do motor, como dito, é bom, seja do 1.0 quanto do 1.4, sendo que este segundo é minha preferência. O consumo também me agradou bastante. Gostei da rigidez da suspensão e da forma como o Uno se comporta nas curvas (achei a versão Way apenas um pouco “mole”, o que fica bem melhor no Vivace e no Attractive). É lógico, não podemos compará-lo com um novo Focus, por exemplo, mas digo que ele se saiu muito bem.

Resumindo: eu recomendo o Novo Uno aos meus amigos. Inclusive, estou considerando comprá-lo como o meu primeiro carro, em versão Attractive 1.4.

Notas:

Way 1.0: 8
Way 1.4: 9
Vivace 1.0: 8,5
Attractive 1.4: 9,5

Nota geral: 8,75

13 de out. de 2010

Novo Uno: Conclusões – Parte I.



Caros, segue a primeira leva de conclusões de nossos jornalistas e colaboradores sobre o novo Uno. Em breve postaremos mais opiniões e divulgaremos qual será o próximo (ou os próximos, nunca se sabe) modelo(s) do Teste dos 100 Dias.

Gabriel Berardi, editor-assistente da Revista MOTOCICLISMO

Salvo raríssimas exceções, já faz alguns anos que a economia de custos atingiu em cheio o interior dos carros, tanto que eu achava que nunca mais encontraria pequenos requintes e um acabamento bem cuidado (e de bom gosto!) em um nacional de entrada. Felizmente o Uno provou que eu estava errado. Se me agradou esteticamente, a sensação de robustez e a dirigibilidade também não ficam atrás e, pelo menos para mim, transmitiram que estava a bordo de um carro realmente novo e bem construído. Gostei.

Nota: 8,5

Wilson Toume, editor-chefe da Revista Carro

Por motivos diversos, acabei rodando apenas com a versão Way 1.4 do novo Uno, mas gostei do carro. Com relação ao visual, por mais que já seja comum vê-lo nas ruas, o fato é que o compacto ainda chama muita atenção por onde circula. Mas, sejamos francos, a cor “verde fluorescente” do veículo contribuiu bastante para isso. Afinal, no tradicional padrão “preto-prata” que se vê por aí, é difícil qualquer automóvel se destacar.

Mas a nova geração do compacto da Fiat não agrada apenas pelas linhas. O carro mostrou-se confortável e espaçoso. Tive a oportunidade de rodar com quatro adultos a bordo e ninguém se queixou de aperto. Nem mesmo para as cabeças – o que é incomum para um pequeno. O porta-malas, por sua vez, tem dimensões adequadas. Nem muito grande, mas longe de ser pequeno.

Por dentro, só não gostei da posição dos acionadores dos vidros elétricos, no painel. Não sei se foi por causa de custos, mas acho indesculpável uma fabricante instalar um item tão importante numa posição tão ruim ergonomicamente falando. Em compensação, os demais comandos foram fáceis de manusear.

A minha avaliação foi feita apenas com etanol, e em função disso, outro aspecto que não me agradou foi o elevado nível de ruído do motor 1.4. Em compensação, achei o carrinho bastante estável e firme, mesmo rodando a 110/120 km/h em rodovias. Da mesma forma, a visibilidade destacou-se positivamente. O vidro traseiro, embora pareça pequeno, oferece ótima visão.

Em suma, a minha avaliação do Uno 1.4 Way foi positiva. É um carro que consideraria comprar, na hipótese de eu trocar de carro, como opção para rodar na cidade. Infelizmente, não consegui testar a versão 1.0 que, a meu ver, tem mais a ver com a proposta urbana do veículo. Mesmo assim, acredito que o pequeno Fiat tem tudo para seguir a trilha vitoriosa do antecessor.

Nota: 8

Leonardo Barboza, assistente de testes da Revista Carro

Durante 100 dias com o novo Uno na redação, notei que o modelo da Fiat acabou chamando mais atenção que alguns carros mais caros que passaram pelo Teste dos 100 Dias.

Se a nota de avaliação levasse em conta apenas a atualidade de projeto eu daria 10, mas não podemos avaliar um carro apenas pelo design. Devemos levar em conta também itens como consumo, espaço interno, dirigibilidade etc.

O que mais me agradou no carro tirando o design foi a posição de dirigir, os novos motores Fire Evo que apresentam mais potência e economia de combustível e a grande quantidade de equipamentos de série e opcionais disponíveis. Características que no antigo Mille não encontrávamos.

Se eu fosse comprar um novo Uno, minha escolha seria o modelo 1.0 Vivace devido ao melhor custo/benefício. Como andei em todas as versões disponíveis, percebi que cada veículo teve seus prós e contras, e principalmente alguns contratempos na concessionária.

12 de out. de 2010

Aston Martin convoca cinco modelos para recall.

Cerca de mil unidades precisam passar por reparos na suspensão dianteira.

http://www.webmotors.com.br/webmotors/ssRevista/_fotos/Aston-Martin-DBS-abre.jpg

 Por essa nem James Bond esperava. Após um problema detectado pelo NHTSA (órgão de segurança viária norteamericano), a Aston Martin convoca mais de mil carros para um recall. O reparo corrige uma falha no sistema de suspensão dianteira, cujo um dos parafusos de suporte pode rachar, permitindo um movimento indevido dos braços inferiores. Não há informações se esse recall inclui as unidades do fabricante vendidas oficialmente no Brasil.

http://www.webmotors.com.br/webmotors/ssRevista/_fotos/Aston-Martin-DB9-02_grande.jpg

Segundo o NHTSA, a mudança repentina na geometria da suspensão dianteira pode fazer com que o motorista perca o controle. O que soa um pouco perigoso quando se está a 307 km/h, velocidade máxima do DBS, modelo usado pelo personagem James Bond nos dois últimos filmes do 007. Além do DBS, os modelos DB9 e V8 Vantage (nas carrocerias cupê e conversível) também estão incluídos no recall. As 1.090 unidades envolvidas terão seus reparos feitos gratuitamente em concessionárias da Aston Martin

10 de out. de 2010

Novo Uno: O quase fim.

100º Dia




Depois de 100 dias e quatro versões do nosso novo Uno, o teste está chegando ao fim. Durante esse período, a equipe da Carro Online  dissecou o modelo da Fiat. De ontem para hoje, estive com o carrinho pelas ruas de São Paulo e sou o encarregado de digitar os últimos toques sobre ele. Na verdade, esses não são os derradeiros, pois nos próximos dias você, amigo leitor, ainda acompanhará vários comentários sobre o carro que, atualmente, é o segundo mais vendido no Brasil. Postaremos aqui as conclusões até a chegada do novo modelo do Teste dos 100 Dias, que ainda não foi definido (teremos essa resposta para vocês nos próximos dias).

Hoje, a caminho do trabalho, aproveitei para realizar um trajeto mais longo, porém menos congestionado, para ver como ele se comportaria a uma velocidade mais elevada. No que se refere ao conjunto motor e câmbio, não há o que falar. A resposta do propulsor 1.4 é quase imediata e o engate das marchas melhorou (e muito) em relação ao “velho” Uno. Agora, nas curvas mais fechadas, não senti o carro muito “na mão”. Às vezes, experimentei a sensação de sair um pouco de traseira.


Opinião feminina
Ainda pela manhã, pedi à minha mulher para dirigir o veículo. Queria uma opinião feminina a respeito do modelo. Acostumada com um Chevrolet Celta 1.0 VHC, ela logo já estranhou o motor, que é bem mais ágil. Gostou muito também do câmbio que, segundo ela, é mais preciso que o do Celta.

Apesar de se surpreender com o habitáculo do motorista, ela não aprovou o espaço traseiro e observou algo que eu também não estou de acordo: a regulagem do encosto dos bancos. O mecanismo não é preciso e dificulta a vida de quem quer ajustá-lo com o carro em movimento. Seria melhor se a Fiat tivesse apostado naquelas tradicionais “rodinhas”. Conversando a respeito de valores, ela não titubeou: disse que, na faixa entre R$ 30.000 a R$ 35.000, partiria para outro modelo.


Discussão
Nos últimos comentários dos leitores, percebi que os preços dos veículos no Brasil estão dando o que falar. Dias atrás, conversando com um amigo que mora na França, fiquei surpreso ao ouvir dele que por lá é possível adquirir um carro usado (como exemplo ele citou um de fabricação 2003) por € 3.000, algo em torno de R$ 7.000. Pois é, aqui vivemos outra realidade.

Analisando o valor do novo Uno, percebi que a diferença de preço entre ele e os chamados compactos premium (como o Ford Fiesta e o Renault Sandero) é mínima. Por estar posicionado em uma categoria abaixo, penso que a Fiat poderia ter sido mais generosa com o público nacional.

No entanto, é difícil falar em preço. Frequentemente, as montadoras realizam “feirões” onde oferecem descontos interessantes. Até mesmo entre as concessionárias os valores praticados variam muito. Por isso, tenho uma curiosidade. Quanto você, proprietário do novo Uno, pagou pelo seu modelo? Ele está aprovado na relação custo/benefício?

9 de out. de 2010

Novo Uno: Pequeno grande notável.

98º Dia

 

A minha curiosidade era imensa em relação ao novo Uno. Depois de tanto barulho e suspense a respeito de seu lançamento, um belo dia ele chegou à garagem da editora. Olhei, observei e fiquei com vontade de conduzir um para ver quais eram os seus reais atrativos. Externamente, ele deixou a história de um dos carros mais vendidos do Brasil lá no passado. Seu visual realmente encanta, principalmente para quem, como eu, está acostumada a ter carros pequenos – somente com uma passagem rápida e inesquecível de um Astra Hatch pelas minhas mãos durante dois anos. Atualmente, meu companheiro de longas horas de trânsito é um Peugeot 206 1.4 flex Sensation ano 2007.
Ao entrar no carro, minha primeira surpresa: o espaço interno do novo Uno é muito maior do que parece. Por eu ter apenas 1,57 m de altura, a regulagem do banco foi pra lá de benvinda, o que me ajudou a ter uma ótima visibilidade para dirigir. Virei a chave e escutei pela primeira vez o barulho do motor do moço. Confesso que sou apaixonada por barulho de motor….um som agradável, que te convida a pisar e escutar outras notas.
Ao sair com o carro, peguei uma noite feia, depois de um dia chuvoso e cheio de problemas de congestionamento. No entanto, o carro não se intimidou. Comeu asfalto mesmo passando por várias poças d’água, mostrando sua estabilidade em chão escorregadio e freio preciso. Por ser um modelo sem ar-condicionado, pedi a ajuda dos amigos limpadores dianteiros e traseiros. Foram super eficientes, juntamente com o desembaçador.
No caminho de retorno para casa, passei por várias avenidas nas quais pude sentir um pouco o desempenho do motor do Uno. Como tenho um carro com um motor semelhante – 1.4 flex -, não pude deixar de fazer algumas comparações interessantes em relação ao motor do “amigo amarelo” (rodei com um Uno amarelo, vulgo “marca-texto”, que, segundo nosso colega Thiago Dupim, está sendo alvo de interesse no site de customização do veículo na internet). Em termos de saída, o Peugeot é mais ligeiro, responde mais rápido. Já no Uno, a sensação que dá é que ele é meio “marrentinho” na hora de sair. Demora alguns segundos para mostrar que realmente é um motor 1.4. Em reta, os dois veículos têm um desempenho muito parecido, com bastante agilidade. Em termos de câmbio – que é um dos pontos fracos do 206 -, o Uno sai na frente com a suavidade e precisão na troca de marchas. No caso do Peugeot, tem momentos que você sente que está tirando o câmbio para fora, por essa falta de precisão e suavidade nos engates. Se você erra uma ré, socorro! O barulho é estrondoso…
Nas curvas, o Uno chega a balançar um pouco. Por ser um pouco mais leve do que o Peugeot e ter direção hidráulica, fica mais vulnerável à precisão do motorista. No entanto, com as rodas no chão, o amarelinho da Fiat mostra que se comporta feito gente grande. É muito confortável, não faz muito barulho (o único barulho que escutei foi de uma borracha solta na porta do motorista, que deixou um espaço onde entra ar a todo o momento), é estável, com suspensão firme e rende uma excelente experiência de condução.
Apesar de, comparado ao Peugeot, ter um motor mais “amarrado”, o Uno alcança alta velocidade sem sequer o motorista perceber que está a mais de 90 km/h, e a direção não treme. O motorista só se dar conta quando ele olha no painel e vê que a velocidade indicada está muito acima daquela que ele imagina.
No que diz respeito ao consumo, a diferença entre o Peugeot e o novo Uno é gritante. Conhecido como “beberrão”, o motor 1.4 do Peugeot tem um alto consumo de álcool e também de gasolina, com uma diferença sutil, não muito perceptível no bolso. Ao percorrer cerca de 54 quilômetros, o ponteiro do medidor de combustível caiu poucos risquinhos.
A versão Attractive 1.4 traz o grande problema dos demais carros brasileiros, ditos “populares” – mas que no preço mostram ao contrário -, no que diz respeito ao acabamento. O plástico toma conta de todo o veículo, o que preocupa sobre quando vão começar aqueles barulhos no painel ou na parte traseira do veículo que são quase impossíveis de identificar sua verdadeira origem. O mesmo acontece com o Peugeot – no meu caso, ele tá chegando perto dos 60 mil km e já me deixa contrariada com certos barulhos.
Uma das coisas que pude curtir no novo Uno é o sistema Connect, que permite que você faça uma interface do seu telefone celular com o rádio do carro. Você pode estar escutando aquela música mais que agradável, se o telefone toca, automaticamente o sistema interrompe o som e permite que você fale ao celular sem tirar as mãos do volante e perder a atenção.
Em termos de porta-malas, o Uno se torna um carro interessante para, no máximo, acomodar bagagens de duas pessoas. Um carro para uma família com filhos? Xi, só o carrinho do bebê já ocupa boa parte do espaço. Já o porta-malas do Peugeot é um pouco maior – e se o carrinho de bebê for daqueles mais compactos, ainda dá para arriscar encaixar umas bagagens a mais.
Mas, no geral, o novo Uno agradou bastante. Adorei sua dirigibilidade, sua estabilidade, mas se não fosse a questão do motor, com certeza ele seria o próximo herdeiro do meu Peugeot 206. Quem sabe não vem por aí um 1.6 daqui a algum tempo. Eu estarei na fila para comprar o carro!